Agro
Redução na mistura de biodiesel ao diesel deve afetar agricultura familiar
Medida deve impactar no mercado e segmentos como a de produção de coco em Alagoas
A Federação Unicafes Alagoas esteve reunida nesta sexta-feira,16, com representantes das associações das indústrias de biocombustíveis para discutir a política de biocombustíveis na agricultura familiar e a extinção do Selo Biocombustível Social. Por determinação do Ministério de Minas e Energia (MME), setor vai reduzir a mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel de 13% (B13) para 10% (B10).
A medida,que foi determinada durante o 79º Leilão de Biodiesel, na sexta-feira,9, deve impactar no mercado e segmentos da agricultura familiar como a de produção de coco em Alagoas. Segundo o diretor da Unicafes, Antonino Cardozo, o momento é de incertezas, principalmente para o programa Selo Biocombustível que inclui produtivamente milhares de pequenos produtores.
“Esse percentual de 13% de biodiesel no diesel fragiliza os municípios e o Estado, além e afetar a arrecadação e o setor pecuário. Fora que teremos mais poluição , já que o biodiesel é considerado combustível limpo”, citou Atonino.
A Federação alagoana está se mobilizando junto a Unicafes Nacional para discutir a medida do Ministério de Minas e Energias no Congresso Nacional. Um carta aberta foi entregue ao senador Fernando Collor com intuito de solicitar uma audiência para apresentar a importância da manutenção da sistemática de Leilões de Biodiesel, do Selo Biocombustível Social vigente e norma de mistura de 13% (B13).
“Ao nosso olhar, com a queda no consumo de biocombustíveis o agricultor perde mais essa renda, além de todo o suporte de assistência técnica que o Programa nos oferece. Sabemos que a política prevê um adicional do biocombustível em até 15%. Essa é uma medida que vai até junho, correndo o risco de não mais avançar”, pontuou o presidente da Unicafes.