“A probabilidade de preços mais altos são tais que os agricultores brasileiros NÃO devem considerar a venda de mais de 10% a 20% das safras de milho e soja de 2022”. A recomendação é do fundador e CEO da AgResource Company, Dan Basse, segundo o qual o período de cultivo de maio a setembro nos EUA será de grande importância para os agricultores brasileiros. 

“Não há espaço para erros ou então um rally de racionamento diante uma briga da demanda pelos produtos irá ocorrer. Em resumo, a AgResource Brasil mantém uma perspectiva altista para os preços da soja e milho em 2021 e 2022 devido ao elevado potencial de que o hemisfério norte poderia enfrentar condições climáticas adversas e reduzir os rendimentos das safras”, explica o especialista. 

De acordo com Basse, as planícies do norte dos Estados Unidos, o meio-oeste superior e as pradarias canadenses (áreas de soja, milho e trigo) estão no centro de uma seca crescente: “Esta será a área para monitorar uma possível perda no rendimento da colheita”.

“O ano de 2021 caminha para ser um ano historicamente incomum, tanto em termos de produção norte-americana e mundial como se demanda. Essa combinação de demanda aquecida e produção apertada pode produzir preços explosivos dos grãos na Bolsa de Chicago, que com qualquer indício de clima adverso pode afetar o tamanho da safra dos Estados Unidos. Esse risco favorece fortemente um cenário de alta nos preços”, acrescenta o CEO da AgResource.

“Uma onda de clima frio na região central dos Estados Unidos está atrasando a germinação e o crescimento da safra em um terço do sul. Isso vai retardar a colheita de milho e soja para agosto, o que pode agravar ainda mais o aperto de estoques da safra anterior. Os comerciantes dos EUA empurraram ofertas durante toda a semana e garantiram apenas quantidades modestas de soja de safra anterior. O mercado dos Estados Unidos estão adiando as ofertas à vista e garantem apenas o necessário da safra velha de soja”, conclui o especialista.