Agro

Climas de seca e geada impactam a produção de cana de açúcar no Brasil, mercado fecha em alta

A planta, que além de ser impactada por falta de água, sofre com as baixas temperaturas

Por Redação com Agrolink 26/07/2021 13h01 - Atualizado em 26/07/2021 15h03
Climas de seca e geada impactam a produção de cana de açúcar no Brasil, mercado fecha em alta
A cana pode sofrer baixas na produção com a onde climática do país - Foto: Reprodução

O mercado de cana-de-açúcar em NY encerrou a sessão de sexta-feira com uma vigorosa alta nas cotações provocada pelas informações divulgadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) acerca dos danos. As informações foram divulgadas por Arnaldo Luiz Correa, que é consultor, palestrante, técnico para arbitragens e professor de gestão de risco em commodities agrícolas.

A planta, já convalescente pelo déficit hídrico, agora sofre pelas baixas temperaturas. No entanto, agrônomos mais cuidadosos preferem aguardar alguns dias para ter uma opinião mais qualificada sobre os reais impactos da geada. Por outro lado, a cana atingida precisa ser colhida imediatamente para não perder qualidade, dizem os entendidos”, comenta o especialista, em seu perfil na rede social LinkedIn.

Nesse cenário, o contrato futuro com vencimento para outubro/21 em NY encerrou a 18.10 centavos de dólar por libra-peso, 39 pontos acima da semana anterior, ou 8.60 dólares por tonelada. “Os demais vencimentos que se estendem até maio/24 encerraram com variações positivas entre 1.00 e 8.00 dólares por tonelada. Como o real se enfraqueceu diante do dólar, a média das cotações da safra 22/23 e 23/24 convertidas pelo câmbio mais o cupom, apresentaram um acréscimo de R$ 69 e R$ 53 por tonelada, respectivamente em relação à semana anterior”, completa.

Se ratificada a previsão de quebra na safra, a curva de preços do açúcar negociado em NY para as safras vindouras, isto é, a 22/23 e a 23/24 vai se elevar, potencializando o cenário que temos discutido aqui e que envolve, para lembrar nossos fiéis leitores, a recuperação da economia mundial pós-pandemia, a política energética na Índia dando ênfase à produção de etanol, o aumento do consumo de açúcar per capita nos principais países consumidores e a retomada do consumo interno de combustíveis cuja previsão está em 7%, apenas para citar alguns pontos”, conclui.