Em 2020 com a pandemia e a alta de proteínas como a bovina, o ovo ganhou mais espaço na mesa dos brasileiros. Hoje o consumo está em 251 ovos por ano por pessoa, um aumento de 8,5% em relação a 2019 e de 167% em relação a duas décadas atrás. Em 2000, o brasileiro comia 94 unidades por ano. Esse número é maior do que a média mundial.

Apesar do baixo dinamismo que o mercado mostrou há algumas semanas, a situação impulsiona a produção. No ano passado foram produzidas 53,5 bilhões de unidades, alta de 9,1% em relação a 2019, quando foram produzidas 49 bilhões de unidades. Para 2021 a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta uma produção de 56 bilhões de ovos.

Grande parte dessa produção, cerca de 99,7% foram destinados ao mercado interno e as exportações representaram 0,3% da produção. Entre janeiro e junho deste ano, a receita com as exportações aumentou 153% em relação ao primeiro semestre do ano passado, saindo de US$ 3,17 milhões em 2020 para US$ 8,02 milhões agora.

Em volume, as vendas externas já somam 5,6 mil toneladas de ovos, alta de 145,1% em relação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas somaram 2,3 mil toneladas. O principal destino dos ovos são os Emirados Árabes Unidos, que neste ano já compram 3,95 mil toneladas de ovos brasileiros, um aumento de 359% em relação ao mesmo período de 2020. Também se destacaram nas vendas países como o Japão, que importou 245 toneladas, 82% a mais que no primeiro semestre do ano passado, e Omã, que começou a importar ovo brasileiro neste ano e já comprou 271 toneladas.