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Reservas do Particulares do Patrimônio Natural crescem 200% em Alagoas

Em conferência mundial do clima que acontece em Glasgow, na Escócia, Alagoas dá exemplo de preservação ambiental

Por Redação com Assessoria 01/11/2021 14h02 - Atualizado em 01/11/2021 15h03
Reservas do Particulares do Patrimônio Natural crescem 200% em Alagoas
A preservação ambiental se tornou um dos principais pilares do setor sucroenergético alagoano - Foto: Assessoria

Em meio a realização COP26, conferência mundial do clima que acontece em Glasgow, na Escócia, no período de 31 de outubro a 12 de novembro, Alagoas dá exemplo de preservação ambiental. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente (IMA), de 2015 até o presente momento, o número de novas Reservas do Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) cresceu 200%.

“Esse é um dado muito expressivo, avançamos demais. Hoje, temos 70 reservas. Tínhamos 33 entre os anos de 2015 e 2021 e criamos mais 37. Teremos mais cinco até novembro. Uma RPPN é um dos instrumentos mais interessantes por envolver o setor privado sem ter o dispêndio de recursos públicos, além de conseguir garantir a preservação perpetua daquela região”, declarou o presidente do IMA, Gustavo Lopes.

De acordo com o diretor do órgão ambiental, a inciativa para criação de novas reservas vem sendo fomentada junto ao empresariado alagoano, principalmente com o setor sucroalcooleiro. “É um segmento parceiro e que entende a situação deles perante o meio ambiente quanto a tudo que já foi feito e que, atualmente, tem corrido atrás”, reforçou.

Sustentável

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, sob a ótica das melhores práticas de ESG - Sustentabilidade, Social e Governança - as 15 unidades industriais do polo sucroenergético estão bem qualificadas. “Destacamos a expressiva empregabilidade de 80 mil postos de trabalho de forma direta e todos com carteira de trabalho e direitos trabalhistas assegurados. A expressiva parcela do esmagamento da cana-de-açúcar para a produção de etanol, garantindo a oferta de um combustível limpo e renovável para a nossa mobilidade com a redução da emissão de CO2 na atmosfera”, declarou.

Nogueira destacou ainda que todas as unidades produtoras de etanol do Estado estão credenciadas e certificadas no Renobio, o que assegura a qualificação como descarbonizadoras do meio ambiente, além de as usinas alagoanas promoverem o cultivo da cana-de-açúcar sem nenhum desmatamento, contando ainda com todas as RPPN devidamente registradas em cartório e homologadas no IMA. Segundo ele, nestas reservas, que servem de habitat para espécies vegetais e animais relevantes, são desenvolvidos treinamentos e realizadas escolas indutoras da cultura da preservação ambiental.

“Portanto, trata-se de uma ação muito importante e significativa na direção da sustentabilidade da produção e da preservação ambiental e que são temas presentes nas exigências mundiais presentes na pauta da COP26. Esse é um esforço empresarial em Alagoas que vai ao encontro de se produzir com menor pegada de carbono e de promover a sustentabilidade na preservação e recuperação de importante parcela da mata atlântica”, salientou Nogueira.

Reservas

Com um trabalho desenvolvido ao longo de décadas, a preservação ambiental se tornou um dos principais pilares do setor sucroenergético alagoano, gerando emprego e renda sem deixar de lado a responsabilidade com o meio ambiente. Com flora e fauna preservadas, as unidades do polo agrocanavieiro alagoano contam, atualmente, com uma área de 60.243 hectares de mata nativa que se tornaram verdadeiros santuários da vida silvestre.

Com um compromisso social firmado em defesa da recomposição de áreas degradadas, as unidades industriais já reflorestaram 8.847 hectares de mata nativa na região canavieira do Estado.

Neste cenário de preservação, as usinas alagoanas mantêm 32 Reservas do Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) situadas em vários municípios da zona da mata do Estado, totalizando uma área de dez mil hectares.

Fonte de vida, a preservação de nascentes e dos rios se tornou um dos principais focos das unidades industriais da cana em Alagoas com 3.666 hectares de matas ciliares protegidos, beneficiando gerações futuras de novos alagoanos e de um meio ambiente protegido.