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Mês de outubro: carne bovina tem queda de 43% nas exportações e 31% na receita

Razão da queda foi a baixa importação da China, que normalmente é o maior consumidor do produto

Por Redação com Agrolink 08/11/2021 10h10 - Atualizado em 08/11/2021 10h10
Mês de outubro: carne bovina tem queda de 43% nas exportações e 31% na receita
Com ausência da China, maior importador do produto, carne bovina sofre quedra - Foto: Reprodução/Internet

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério da Economia (ME), exportações totais de carne bovina no Brasil movimentaram 108,630 toneladas no mês de outubro, resultando em uma receita de 541,6 milhões de dólares.

O valor representa uma queda de 43% no volume de exportações e 31% na receita em relação ao mês de outubro de 2020. No ano passado, com a presença da China, maior importador do produto, 189.575 toneladas foram exportadas, resultando numa receita de 790,18 milhões de dólares. O mercado chinês se ausentou nas exportações do Brasil para outubro deste ano, registrando uma importação residual de 27.700 toneladas.

Em setembro de 2021, as exportações para a China realizadas pelo continente e por Hong Kong atingiram o recorde de 132.455 toneladas. Segundo a Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), no acumulado do ano as exportações brasileiras do produto já atingiram 1.610.799 toneladas, queda de 2,4% em relação ao acumulado no mesmo período do ano passado, quando a movimentação foi de 1.650.215 toneladas. Nas receitas, no entanto, houve um crescimento de 16% graças aos bons preços do produto no mercado internacional.

Em 2020, a receita até outubro foi de US$ 6,899 bilhões e em 2021 atingiu a US$ 8 bilhões. Entre os 20 maiores compradores do produto brasileiro, no acumulado do ano, a China juntamente com Hong Kong vem em primeiro lugar, com 916.938 toneladas importadas, 56,9% do total movimentado pelo país (em 2020 foram 948.224 toneladas). Em segunda posição vem os Estados Unidos que movimentou até aqui 95.759 toneladas, contra 48.773 toneladas no ano passado (aumento de 96,3%). O Chile, que ampliou suas aquisições em 23,1%, passando de 71.512 toneladas no ano passado para 88.062 toneladas em 2021, ocupou a terceira posição. Na quarta colocação, com 51.145 toneladas importadas está o Egito que reduziu suas compras em 54,9% em relação a 2020, quando movimentou 113.304 toneladas.

As Filipinas assumiram a quinta posição aumentando suas aquisições em 16,5%, passando de 33.778 toneladas em 2020 para 39.336 toneladas em 2021; os Emirados Árabes ocuparam o sexto lugar, com crescimento de 14,1% na movimentação que passou de 33.811 toneladas no ano passado para 38.575 toneladas neste ano. No total 96 países aumentaram suas compras e outros 71 reduziram suas aquisições.