Agro

Pecuária: Brasil desenvolve técnicas para reduzir emissão de metano

Entre as estratégias que já são utilizadas estão o melhoramento genético de pastagens

Por Redação com Mapa 13/11/2021 10h10
Pecuária: Brasil desenvolve técnicas para reduzir emissão de metano
Pecuária brasileira - Foto: Reprodução

O Brasil já vem trabalhando com estratégias para reduzir a emissão de metano na pecuária do país. Na última semana, o país foi uma das nações que aderiram ao compromisso global para redução das emissões de metano durante a COP 26, em Glasgow.

Entre as estratégias que já são utilizadas para reduzir a emissão de metano na pecuária brasileira estão o melhoramento genético de pastagens para desenvolver alimentos mais digestíveis para os animais e o melhoramento genético dos animais, que permite o abate precoce.

Também está em estudo a utilização de aditivos que podem ser agregados na alimentação animal, com substâncias como taninos e óleos essenciais. “Nos últimos 10 anos, o Brasil reduziu de 48 para 36 meses o tempo de abate. Quando o animal fica menos tempo no campo, ele vai produzir menos metano”, explicou o presidente da Embrapa, Celso Moretti. Além da redução da emissão, o Brasil já trabalha na compensação
de emissões, como os sistemas Integrados de Lavoura-Pecuária e Floresta (ILPF) que hoje ocupa 17 milhões de hectares.

Para o secretário de Inovação, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Fernando Camargo, o acordo vem em boa hora e é importante que o Brasil não esteja fora dessa iniciativa. “O Brasil é parte da solução, e temos que estar engajados em todas essas iniciativas para que que consigamos manter 1,5ºC de crescimento de temperatura em relação aos níveis pré-industriais, por isso que assinamos esse importante pacto”, disse, lembrando que técnicas como a terminação intensiva e manejo de dejetos de animais já estão contempladas no Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+.

Entre as metas do ABC+ até 2030 estão a adoção de tecnologias sustentáveis em mais de 72 milhões de hectares de áreas degradadas e a mitigação de 1,1 bilhão de toneladas de CO² equivalente, superando o recorde alcançado pela fase anterior do plano ABC.