Agro
Família tem aumento de 60% na venda de suínos após aplicação de políticas públicas
Além da assistência, produtores foram inseridos no Projeto Dom Helder Câmara, que visa reduzir a pobreza rural
Djanira dos Santos e seu marido Cícero Ferreira dos Santos, criadores de suínos que vivem no povoado Farias do Meio, na zona rural de Monteirópolis, tiveram um auumento de renda familiar após serem inseridos no Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) e receberem assistência técnica do Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater).
A família, que além dos suínos também possui uma diversidade produtiva com o plantio de feijão de corda, feijão de arranca, milho, palma e a criação de outros animais - como aves - produziam para o consumo próprio e o excedente é vendido na comunidade e no mercado local. Porém, as condições eram desfavoráveis, uma vez que a pocilga era próxima da casa e não tinha fossa séptica, o que ocasionava mau cheiro e doenças. Além disso, a estrutura inadequada gerava baixa produtividade.
Mas sua produção recebeu uma melhora após a assistência da Emater, o que proporcionou não só o acompanhamento da atividade, como também a inserção da família no Projeto PDHC, que a comtemplou com o fomento de R$ 2.400 para melhoria da produção.
A assistência começou em 2018 por meio do técnico Dacy Santos. Após a análise do local, foi elaborado um trabalho junto à família, no qual foi definido a suinocultura como atividade principal. Com isso, eles puderam montar uma boa estrutura para os porcos, levando em consideração o distanciamento da casa e construindo a fossa. Também receberam sacos de sementes crioulas de milho e feijão para o plantio, além da adesão ao Garantia Safra.
O acesso às políticas públicas gerou um aumento de, aproximadamente, 60% na renda familiar, que passou de R$ 2.400 por ano para R$ 3.840. Os agricultores foram instruídos a trabalhar com base nos princípios da agroecologia, o que norteia as técnicas da Emater.
“Gostei muito do projeto. Foi algo que ajudou a melhorar as minhas condições de vida e da minha família. A mudança principal foi a do chiqueiro, que me trouxe mais vontade de continuar a atividade”, relatou Djanira.
O extensionista Dacy contou que eles se mostraram abertos às mudanças, sempre se envolvendo cada vez mais no projeto. “Atendê-los foi o que me levou a acreditar na extensão, pois a viviam em condição de vulnerabilidade social e, diante do acesso às políticas públicas e das orientações técnicas, passaram a desenvolver a atividade de maneira sustentável, aumentando a produção e produtividade”.