Agro

Agricultora familiar tem aumento de 375% na horta após acompanhamento social

Renda da produtora passou de R$ 360 mensais para uma média de R$ 2.800 por mês

Por Ascom Emater 25/11/2021 13h01
Agricultora familiar tem aumento de 375% na horta após acompanhamento social
Rosilene de Jesus e família - Foto: Reprodução

No povoado Tangil, em Viçosa, o Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater) realizou uma iniciativa em setembro de 2020, que combina duas ações: o acompanhamento social e produtivo e a transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis às famílias para investimento em projeto produtivo inclusão produtiva e social.

A família selecionada foi a da agricultora Rosilene de Jesus Souza. Com o benefício do programa de Fomento às Atividades Rurais, ela conseguiu diversificar e aumentar significativamente a produção, que antes era de cerca de quatro canteiros de coentro e alface. Hoje, a família vem trabalhando com 15 canteiros, o que representa um aumento de 375% da área plantada.

O crescimento na horta tornou possível que Rosilene pudesse ofertar mais produtos e em maior quantidade, com até opções de entrega por delivery. Ela passou de uma renda de aproximadamente R$ 360 mensais para uma média de R$ 2.800 por mês.

“Nós éramos esquecidos, nunca tivemos orientação técnica. Foi só com a chegada da Emater que conseguimos mudar nossa realidade. Nossa bomba d’água estava quebrada, irrigava a horta ‘na mão’, não tínhamos pulverizador nem carro de mão. Só comprava sementes quando dava. Mas com o dinheiro do projeto foi possível resolver isso tudo”.

O técnico da Emater responsável pela implementação do projeto junto à agricultora, Gilson Bernardo, relatou que a diferença na propriedade é notória após a chegada do Instituto.

“A produção antes era muito baixa. Hoje é possível ver quinze canteiros, todos plantados com diversas hortaliças em vários estádios vegetativos. O impacto positivo na vida dessa família é substancial, principalmente, no que se refere ao aumento de renda, que consegue apenas com a venda de hortaliças mais de um salário mínimo por mês e com perspectivas de aumentar cada dia mais”, explicou Gilson.

Para chegar até essa agricultora, a Emater realizou uma busca ativa por famílias que se encontrassem em vulnerabilidade social e que atendesse os critérios de enquadramento do projeto Fomento Rural. As famílias teriam que estar na linha de extrema pobreza, cuja renda por pessoa é de até R$ 89 mensais, com CAD ÚNICO ativo, como também possuir a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa.