Agro
Santo Antônio investe na produção de álcool neutro
A usina Santo Antônio investe em tecnologias que são aplicadas tanto no campo, quanto no parque industrial
Sempre em busca de inovação - acompanhando as tendências de mercado - a usina Santo Antônio investe em tecnologias que são aplicadas tanto no campo, quanto no parque industrial. Neste cenário de diversificação de produtos para atender a demanda de mercado, a usina é a única unidade industrial do setor sucroenergético alagoano a produzir álcool neutro.
O produto, que passa por um processo maior de purificação sendo tridistilado, serve para a fabricação de bebidas, remédios, perfumes e cosméticos. “Passamos o álcool em cinco colunas para alcançar o ponto de purificação desejado. É um produto de excelente qualidade”, afirmou Antônio Figueiredo, superintendente Agrícola da usina Santo Antônio.
Com um mercado consumidor nacional e internacional garantido, a empresa chegou a exportar, em 2020, 27 milhões de litros. “Este ano, já foram exportados mais de seis milhões. O mercado interno é muito solicito a este tipo de produto. Vendemos para regiões de todo o Brasil”, reforçou o superintendente da usina.
De acordo com ele, o produto tem aceitação nos mais diversos segmentos de mercado. “Muitas bebidas são fabricadas a partir deste álcool neutro. Vale lembrar que não é qualquer indústria que tem condições de fabricar este tipo de produto. Ele é muito específico e faz uso de toda uma tecnologia para que possa obter este nível de qualidade”, afirmou.
Além do neutro, a usina fabrica etanol anidro e hidratado. “Mas o neutro é como se fosse o carro-chefe da empresa. Sempre temos este tipo de álcool para atender as demandas. No Nordeste, apenas mais três empresas, localizadas no Estado de Pernambuco, fabricam este tipo de álcool”, destacou Figueiredo.
Investimento
Segundo Renata Maranhão, diretora do grupo Santo Antônio, a unidade industrial, fez investimento na parte da destilaria com a construção de novas colunas, ampliando a produção de etanol e tendo uma coluna para a produção de aguardente, possibilitando uma maior liberdade para um mix de acordo com as demandas do mercado.
“Investir na destilaria nos permite que, no ano em que o preço do álcool for melhor que o do açúcar, a gente possa produzir mais e conseguir melhorar nosso mix, faturando mais. Antes da ampliação, a gente produzia, no máximo, 20% de etanol em relação a quantidade de açúcar. Com essa ampliação, vamos diminuir essa diferença. A produção de cachaça segue a mesma lógica, aumento da produção nos anos que tiver um preço melhor. Fazer este investimento, foi uma estratégia de mercado”, finalizou a industrial.