Agro
Chuvas podem elevar quantidade de cana processada na safra 21/22
A safra 21/22 segue a pleno vapor em Alagoas
Com quase quatro meses de moagem a safra 21/22 segue a pleno vapor em Alagoas. Para isso, segundo o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, os índices pluviométricos vêm se apresentando de forma adequada para não prejudicar a moagem. “O histórico de chuvas em outubro, novembro e dezembro nos remete a arriscar que a safra será maior que a moagem anterior”, afirmou.
Segundo o representante das usinas alagoanas, a expectativa, diante do comportamento futuro das chuvas nos meses de janeiro e fevereiro, há a possibilidade de superação da quantidade de cana estimada para o ciclo 21/22 que é de 18 milhões de toneladas.
De acordo com Nogueira, a melhora na média de preços no mercado, somados a regularidade do regime pluviométrico, foi revertido em plantio. “Todas as usinas plantaram mais do que já vinham feito historicamente, levando a um crescimento vertical. Com isso, ocorre um crescimento do volume de produção pelo maior volume de cana brotada e um maior volume de cana pelo rendimento agrícola, decorrente da renovação de canavial. Do outro lado, houve uma aplicação muito grande na melhoria do sistema industrial que vinha paralisado nos últimos quatro anos”, afirmou.
Para o dirigente alagoano, o caminho a ser seguido agora pelo setor é considerado virtuoso. “Só falta um ingrediente para chegarmos a plenitude que é um salto de qualidade que Alagoas precisa, transformando de forma plena a questão da irrigação”, destacou.
Pedro Nogueira reforçou ainda que a equalização tributária na vertente do ICMS levou a uma sobra na margem que foi revertida na melhoria do sistema agrícola e industrial. “O grande reflexo deste regime tributário foi o aumento de produtividade cuja margem que sobrou foi usada para plantar cana, ampliando assim a oferta de empregos. Em setembro e outubro, que são os meses para a contratação para a safra cana, Alagoas teve um crescimento superior a todos os Estados de Nordeste na indústria de transformação”, reforçou.
Segundo ele, outro benefício gerado pela equalização “foi a transferência de renda legítima e justa ao fornecedor de cana pelo regime do Consecana que é muito grande quando comparada com a comercialização do regime anterior de ICMS. Agora, é transferida ao fornecedor essa equalização que foi proporcionada a indústria. É uma renda adicional agregada ao sistema. A equalização acaba capilarizando em emprego, fornecedor de cana, plantio, produtividade, aumento de produção e renda do Estado”, finalizou.