Os preços mundiais dos alimentos dispararam 28% durante 2021, de acordo com um índice baseado em cinco principais commodities, incluindo grãos de cereais, carne e açúcar, disse a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação na quinta-feira. O aumento abrupto, à medida que o mundo se recuperava do colapso econômico que acompanhou a pandemia, encerrou cinco anos de relativa estabilidade no Índice de Preços de Alimentos.

Os maiores aumentos foram nos óleos vegetais usados na culinária, temperos e molhos. O subíndice de óleos vegetais disparou em quase 68%, para o nível anual mais alto de todos os tempos. Os grãos de cereais, incluindo trigo, arroz e milho, tiveram o segundo maior aumento, 27%. No geral, o índice de alimentos estava em seu nível mais alto desde 2011, ano passado, houve uma grande alta nos preços dos alimentos.

“Embora se espere que os preços normalmente altos dêem lugar ao aumento da produção, o alto custo dos insumos, a pandemia global em curso e as condições climáticas cada vez mais incertas deixam pouco espaço para otimismo sobre um retorno a condições de mercado mais estáveis, mesmo em 2022”, disse Abdolreza Abbassian, economista sênior da FAO.

Nos Estados Unidos, os preços dos alimentos aumentaram 6,1% no ano passado, liderados pelos preços persistentemente altos da carne, disse o Departamento do Trabalho no mês passado. Os preços da carne bovina aumentaram 21%. O governo Biden culpou os grandes processadores de carne por “usarem seu poder de mercado para aumentar os preços (ao consumidor) e pagar menos aos agricultores”. No início desta semana, o presidente Biden anunciou um plano de quatro pontos para aumentar a competição na indústria da carne, incluindo a aplicação vigorosa da lei antitruste.