As chuvas, que renovaram as esperanças de uma safra com maior produtividade no canavial no ciclo 22/23, também foram responsáveis por prejuízos na lavoura. De acordo com a Asplana, os altos índices pluviométricos das últimas semanas geraram perdas de áreas de cana, atingindo principalmente pequenos fornecedores da região do baixo São Francisco.

Segundo o presidente da associação, que representa mais de sete mil produtores de cana do Estado, Edgar Filho, os danos somam perdas estimadas em 40 mil toneladas de cana. “Pequenos fornecedores com dois ou três hectares de cana da localidade de Chinaré, na região da usina Marituba, no município de Igreja Nova, foram as principais vítimas desse aumento do índice pluviométrico”, afirmou.

“Igreja Nova está numa região onde há uma grande concentração de pequenos produtores, seja de cana, frutas, arroz e até piscicultores. As chuvas provocaram um verdadeiro desastre. Trazendo para a realidade da cana-de-açúcar, a estimativa é que foram afetados cerca de 500 hectares. São áreas de minifúndios. Isso representaria 125 famílias que estão desalojadas e sem recursos e com dívidas em bancos”, acrescentou o diretor Técnico da Asplana, Antônio Rosário. 

Ajuda

Para tentar socorrer esses fornecedores, a Asplana está disponibilizando tratores e carroças, além de tratoristas para ajudar na recuperação das áreas afetadas.

“A diretoria da Asplana se colocou à disposição dos produtores de cana da região. Disponibilizando maquinas e equipamentos que possui para atendê-los quando as águas baixarem. É uma ajuda pequena, mas estamos juntos. Não vamos abonar os nossos fornecedores de cana. Já existe uma mobilização de Brasília para avaliar os prejuízos e o que deve ser feito. Vamos aguardar as águas para termos mais informações sobre os danos causados”, finalizou Rosário.