Agro
Culturas favoráveis ao inverno prometem grande produtividade
Trigo e cevada podem ter uma boa safra de acordo com especialista e veja os alertas para ocorrências no período
O trigo e a cevada são culturas de inverno que prometem uma boa safra este ano, mas dependem de boas práticas de cultivo, como a correta escolha do cultivar, adubação equilibrada e o manejo de pragas e plantas daninhas no início da plantação.
Com o intenso resfriamento sobre muitas áreas do Brasil, como Sul, Sudeste e Centro-Oeste, Guilherme Acquarole, gerente de marketing da região Sul da Ourofino Agrociência, aponta que serão necessários mais aportes nessa safra, mas deve haver forte recuperação da renda: “Tendo condições adequadas de desenvolvimento, trigo e cevada devem ter boa produtividade. O momento é altamente propício para que os produtores brasileiros invistam na cultura por causa da alta dos preços, principalmente do trigo, levando em conta o impacto da guerra entre Ucrânia e Rússia, já que, juntas, correspondem a, aproximadamente, 30% da produção global”.
Com relação às pragas que acometem o trigo, atenção ao coró (Phyllophaga triticophaga), que ataca às raízes das plantas, ao percevejo barriga-verde (Diceraeus spp), que pode atingir a cultura em estágios iniciais, à ferrugem da folha (Puccinia triticina) e ao complexo de manchas, que reduzem a área fotossintética e, consequentemente, a produtividade.
Para a cevada, é o pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum) que pode causar danos diretos pela sucção de seiva e afetar também as folhas, ou indiretos, com a transmissão de viroses. “A principal virose transmitida é a conhecida por Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC). Essa ofensiva se reflete em problemas no perfilhamento e diminui o desenvolvimento das plantas e o rendimento dos grãos”, explica Aquarole. Ele ressalta, ainda, o complexo manejo de doenças da cultura, como a mancha marrom (Bipolaris sorokiniana) e a Helmintosporiose (Drechslera sorokiniana).
Outro problema que está afetando ambas as culturas, de maneira recorrente, é o aumento da infestação de azevém (Lolium multiflorum) nas áreas de produção de cereais de inverno no Sul do Brasil, o que pode acarretar grandes perdas de produtividade. “Essa planta daninha já apresenta resistência a alguns mecanismos de ação. Por isso, o produtor tem que estar atento e adotar um manejo adequado, rotacionando herbicidas diferenciados, além de sempre trabalhar com o manejo em pré e pós-emergência”, diz o especialista.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o volume de grãos colhidos na safra 2021/22 deve ser de 271,8 milhões de toneladas. Isso representa um aumento de 6,4% em relação à safra anterior. A estimativa foi divulgada no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22 em maio. A produção do trigo deve chegar a 7,6 milhões de toneladas. Em outras culturas de inverno (aveia, canola, centeio, cevada e triticale), a semeadura ainda é incipiente.
Soluções assertivas
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é, reconhecidamente, fonte de economia na agricultura. Com as novas tecnologias para o controle de infestações por insetos e lagartas, as possibilidades atuais podem ser ainda mais positivas. Dentre as formulações de destaque da Ourofino Agrociência estão os inseticidas ÍmparBR, para o tratamento de sementes do trigo, e o Vivantha para o manejo de pulgão-verde-dos-cereais (Rhopalosiphum graminum).
O ÍmparBR é indicado para o manejo inicial das pragas. Voltada para o tratamento de sementes, a solução é absorvida pelo sistema radicular e translocada para a parte aérea durante o processo de germinação e crescimento das plantas. De acordo com Acquarole, o produto possui um grande diferencial, que é a solubilidade aliada à alta sistematicidade na planta e performance de controle, o que permite a manutenção do estande no início dos cultivos. “Assim, há melhor redistribuição na planta, um período residual maior de controle e, ainda, alta eficiência contra pragas sugadoras”.
O Vivantha amplia as opções de produtos para o manejo de pragas sugadoras. Destaca-se pela eficiência de controle, amplo espectro de ação, flexibilidade de uso, alta solubilidade e sistemicidade, promovendo a paralisação do ataque das pragas, redução da transmissão de viroses, rápida absorção, melhor translocação, distribuição na planta, proteção e um maior período de controle.
Como fungicida, a Ourofino Agrociência indica o Nillus, um protetor multissítio com vários modos de ação e formulação diferenciada, com fotoprotetores que possibilitam melhor fixação, recobrimento das plantas e maior período de controle. A indústria sugere ainda o Teburaz que apresenta alta eficiência e sistemicidade, o que permite um manejo adequado para o controle do complexo de doenças nos cereais de inverno.