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Setor da cana aguarda efeitos dos impostos cortados

No entanto, o Rabobank destaca que a suspensão de PIS/Cofins e CIDE dura até o final de 2022

Por Agrolink 05/07/2022 10h10 - Atualizado em 05/07/2022 11h11
Setor da cana aguarda efeitos dos impostos cortados
Cana-de-açúcar - Foto: Reprodução

O Rabobank divulgou seu novo relatório sobre os produtos agropecuários do Brasil e indicou que o setor de cana, açúcar e etanol ainda aguarda os efeitos do corte nos impostos.

“Enquanto o preço de Nova Iorque continuava flutuando entre 18 e 20 USc/lp e o balanço mundial sinalizava uma situação equilibrada, o setor de açúcar e etanol no Brasil enfrentava as incertezas enormes associadas com as propostas para a reforma dos impostos sobre combustíveis”, comenta.

“No dia 23 de junho, foi sancionado o PLP 18, e o Rabobank calcula que, com premissa de preço na refinaria constante da Petrobras, a redução do ICMS na gasolina para 18% em São Paulo, junto à suspensão de PIS/Cofins e CIDE, poderia gerar uma queda de até R$1,40 por litro do valor na bomba da gasolina, e reduziria preço ESALQ de hidratado em cerca de R$0,45 por litro”, completa.

No entanto, o Rabobank destaca que a suspensão de PIS/Cofins e CIDE dura até o final de 2022, o que significa que a partir do dia 1 de janeiro 2023 os preços na bomba deveriam passar por um aumento relevante com a volta destes impostos federais. “Em segundo lugar, os nossos cálculos sobre mudança de preço são feitos com aquela velha premissa de economistas de “tudo o mais constante”. Na prática, sabemos que tem vários outros fatores que poderiam impactar a evolução dos preços no futuro”, indica.

“Um exemplo claro disso foi o anúncio no dia 17 de junho da Petrobras, aumentando em 5% a gasolina. Ou seja, apesar da redução dos impostos, os mercados internacionais de combustíveis e de câmbio continuarão como variáveis-chave para determinar o preço na bomba sob o sistema atual de precificação”, conclui.