A ausência de uma proposta específica voltada para a manutenção do Programa do Leite por parte dos candidatos ao governo de Alagoas, acendeu o sinal de alerta dos agricultores familiares e principalmente das famílias atendidas pelo programa no Estado.

Atualmente, o Programa do Leite distribui mais de 60 mil litros de leite por dia, contabilizando mais de 1,7 milhão litros por mês, fornecidos por mais de dois mil agricultores para mais de 80 mil famílias beneficiadas em situação de vulnerabilidade alimentar.

“Estamos preocupadíssimos. Queremos uma proposta dos candidatos para o Programa do Leite. É a única ação que tem sustentabilidade em Alagoas voltada para as famílias que passam por necessidades. Na pandemia, foi o único que continuou sendo executado. Precisamos que o programa seja mantido por ser o único que nós podemos contar em todos os momentos. Não pode acabar”, declarou Maria Pau Ferro, presidente da Associação Beneficente Santa Lúcia em Maceió.

De acordo com a líder comunitária, o fim do Programa do Leite em Alagoas representaria o aumento da fome no Estado. “Vai piorar ainda mais a situação de nós que estamos no final da ponta desse processo, morando nas periferias das cidades”, reforçou Maria, lembrando que só a Associação Beneficente Santa Lúcia representa 82 instituições da capital que fazem parte do Programa do Leite.

“A gente sabe que pode contar com o leite fornecido pelo programa. Em muitos casos, esse leite, que é distribuído gratuitamente, é o único alimento que a família vai consumir naquele dia. Diante desse cenário, a nossa bandeira é em defesa do Programa do Leite. É uma corrente que começa de quem produz até chegar ao consumidor final, que são as famílias necessitadas”, finalizou a líder comunitária.