Agro
Safra 22/23 conta com maioria das usinas em operação
De acordo com o dirigente do setor sucroenergético alagoano, a safra 22/23, também deve registrar um aumento na produção de açúcar, que deverá ser superior a 1,6 milhão de toneladas.
Com a expectativa de moer 19,6 milhões de toneladas de cana, a safra 22/23 já opera em Alagoas com a maioria das unidades industriais. Até o fim desse mês, a previsão é que todas as 15 usinas estejam em atividade.
“Na próxima semana, com a entrada em operação das unidades na moagem, o estado de Alagoas estará na plenitude da safra 22/23. A expectativa é de mais um aumento de produção de cana, saindo das 18 milhões de toneladas da safra passada para 19,6 milhões no ciclo que se inicia”, declarou o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira.
De acordo com o dirigente do setor sucroenergético alagoano, a safra 22/23, também deve registrar um aumento na produção de açúcar, que deverá ser superior a 1,6 milhão de toneladas. “Igual performance deve ocorrer na produção de etanol, que deve passar de 400 milhões de litros para, aproximadamente, 600 milhões de litros nessa safra”, afirmou.
Segundo Nogueira, o crescimento esperado é decorrente de fatores como a regularidade climática e os investimentos no canavial. “Neste cenário, o esforço empresarial merece ser destacado com a renovação e melhor tratamento do canavial que agora será colhido com igual esforço para os fornecedores de cana”, reforçou.
No ponto de vista financeiro, Pedro Robério afirma que a safra 22/23 tem um viés diferenciado face a moagem passada. “Estamos tendo preços menores em função da recessão mundial que afeta o açúcar, além da queda do preço do petróleo, que influencia a formação dos preços dos combustíveis no Brasil, com o etanol acompanhando esse movimento. Outro ponto é o aumento de custos, tendo uma presença inflacionária importante em alguns dos nossos insumos, a exemplo de fertilizantes, com impactos significativos na nossa atividade agrícola”, destacou.
Para o presidente do Sindaçúcar-AL, apesar das questões financeiras destacadas, a expectativa otimista permanece. “O esforço empresarial que tem sido vitorioso nas sucessivas safras anteriores com crescimento de produção, manutenção do esforço, melhoria da produtividade e, sobretudo, manutenção dos nossos milhares de postos de trabalho. Somos um dos polos de maior densidade de empregos no nosso Estado. Temos ainda a expectativa com relação ao ano de 2023, onde precisamos continuar mantendo a competitividade tributária do etanol frente a gasolina que foi fortemente atingida nos últimos meses por conta dos arranjos tributários fiscais federais e esta duais que ocorreram. Se mantida a obrigação constitucional da competitividade do etanol com a gasolina, não teremos perdas de mercado significativas. Essa é a esperança e expectativa de mais uma safra vitoriosa”, finalizou.