Agro

Chuvas param moagem, mas devem ter reflexo positivo na safra

Segundo o Sindaçúcar-AL, ao se analisar os efeitos positivos das chuvas, observa-se que eles se sobressaem sobre os negativos que consistem na parada da moagem e em uma provável queda no ATR nestes próximos dias

Por BCCOM Comunicação 09/11/2022 14h02 - Atualizado em 09/11/2022 14h02
Chuvas param moagem, mas devem ter reflexo positivo na safra
Chuvas param moagem, mas devem ter reflexo positivo . - Foto: Assessoria


As chuvas que caíram nos últimos dias em praticamente todas as regiões do estado levando a paralisação temporária da moagem em todas as usinas alagoanas por pelo período de três a quatro dias.

De acordo com dados do Sindaçúcar-AL, entre os dias 04 e 07 de novembro ocorreram precipitações intensas em todo o estado, onde os níveis pluviométricos variaram de acordo com a região, ficando entre 150 milímetros (mm) a 250 mm, com uma média de 200 mm.

Na Santo Antônio e na Camaragibe, por exemplo, ambas localizadas no litoral norte do estado, as unidades industriais chegaram a parar a moagem por dois dias. “A chuva atrapalhou bastante, paramos. Isso prejudica todo processo da fabricação e consome mais bagaço. Quando não tem continuidade na fabricação diminui o rendimento industrial”, afirmou o superintendente agrícola, Marcos Maranhão.

Apesar dos prejuízos, o volume de chuva que caiu em Alagoas terá reflexo positivo para a safra como um todo. “Mas essa chuva para a safra foi muito boa. Afinal, vai crescer a previsão da moagem. O reflexo negativo é para o momento atual por ter parada a moagem. Mas, a longo prazo, essa chuva vai ser positiva”, reforçou Maranhão.

Segundo o Sindaçúcar-AL, ao se analisar os efeitos positivos das chuvas, observa-se que eles se sobressaem sobre os negativos que consistem na parada da moagem e em uma provável queda no ATR nestes próximos dias.

Com a paralisação, de acordo com o Sindaçúcar-AL, algumas unidades aproveitaram para fazer a manutenção corretiva e preventiva, atividade que normalmente acontece durante a safra.

Diante deste cenário, segundo o sindicato, como normalmente o mês de novembro é bastante seco, as chuvas que ocorrem neste período, podem garantir a brotação da soqueira dos canaviais que foram cortados nos meses de setembro e outubro e a brotação das soqueiras que irão ser cortadas nestes próximos dois meses.

Segundo informou a entidade, outro fator positivo é que estas chuvas irão interferir no crescimento da safra, beneficiando principalmente as canas que irão ser cortadas a partir de dezembro, podendo haver um crescimento na produtividade.

“Outro fator muito importante é que, com estas chuvas se economizou energia, seja através de energia elétrica ou diesel que seriam utilizados nos equipamentos de irrigação, bem como, na redução dos custos de mão de obra nos próximos dois meses, já que, esta atividade não será colocada em prática neste período”, informou o Sindaçúcar em comunicado.