O recente aumento dos índices pluviométricos em Alagoas está sendo responsável por prejuízos na cultura da cana no estado. Diante do volume de chuvas dos últimos dias, algumas usinas optaram por uma nova paralisação temporária, prejudicando o fluxo da moagem cuja expectativa era processar mais de 19,5 milhões de toneladas de cana.

“Ninguém está conseguindo moer direto. As chuvas têm dificultado a retirada da cana do campo. Isso vem ocorrendo desde o inverno, que foi muito mais rigoroso em relação ao ano passado, chovendo mais de dois mil milímetros”, declarou Edgar Filho, presidente da Asplana, entidade que representa mais de sete mil fornecedores de cana.

De acordo com o dirigente do setor, o inverno chuvoso acarretou ainda no aumento das pragas, a exemplo da cigarrinha. “Neste cenário, também veio o aumento na quantidade de mato na lavoura da cana. Todos estes fatores contribuíram para a redução do ATR. Com isso, o produtor perde preço na tonelada de cana e as usinas perdem rendimento industrial”, destacou.

O presidente da Asplana reforçou ainda que os danos causados pelas chuvas, além de atrasarem a moagem, geram prejuízos financeiros aos produtores de cana, levando a uma diminuição substancial de receita que também é sentida pelas indústrias.

“É um verdadeiro caos. Estamos em um ano atípico com muitas dificuldades, onde a nossa classe vem acumulando uma série de prejuízos”, finalizou Edgar Filho.

*Assessoria