Agro
Assalariados rurais têm reajuste acima da inflação
o reajuste garante a reposição das perdas da inflação de 6,5% e ainda conta com mais 2% de ganho real
Representantes dos trabalhadores do corte da cana em Alagoas e da classe patronal (Sindaçúcar-AL, Asplana e Faeal), finalizaram, esta semana, a rodada de negociação da convenção coletiva 22/23 com um reajuste salarial de 8,5% no piso dos canavieiros.
De acordo com a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariados e Assalariadas Rurais de Alagoas (Fetar-AL), o reajuste garante a reposição das perdas da inflação de 6,5% e ainda conta com mais 2% de ganho real.
Com o aumento, o salário dos assalariados rurais passa dos atuais R$ 1.250,97 para R$ 1.357,30. Por conta da data-base da categoria, 1° de novembro, o aumento já passa ser imediato. No processo de negociação com os representantes da classe patronal, todas as demais cláusulas trabalhistas dos acordos anteriores foram mantidas.
A nova convenção também conta com um piso garantia no valor de R$ 30 que será acionado caso o mínimo nacional, que entrará em vigor em janeiro de 2023, se iguale ou ultrapasse o valor do salário dos assalariados. A Fetar-AL informou ainda que tiveram reajustes os preços das tabelas de tarefa, corte e de limpa de cana.
“O processo de negociação contou com mais de cinco reuniões, onde foram buscadas as melhores alternativas para a nossa convenção coletiva. Foi uma das mais difíceis dos últimos dez anos. Mas, mesmo diante das dificuldades, conseguimos o reajuste acima da inflação com ganho real”, declarou o presidente da Fetar/AL, Antônio Torres.