Agro
Preço do frango despenca em janeiro
Para analista da Safras & Mercado, setor sofre com o excesso de oferta no mercado nacional
O mercado brasileiro de frango registrou preços em baixa para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados com o mês anterior. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Iglesias, o cenário de avicultura de corte foi desastroso em janeiro.
“Os preços não encontraram espaço para recuperação, pelo contrário, acentuaram-se as perdas em meio a um clássico quadro de excesso de oferta”, disse Iglesias.
“O quadro se torna ainda mais complicado avaliando a estrutura de custos” — Fernando Iglesias
No quilo vivo, as cotações ficaram de estáveis a mais baixas durante o mês. De acordo com o analista, o mercado ainda segue sofrendo grande pressão sobre a margem operacional da atividade, fator que também impacta os preços. “O quadro se torna ainda mais complicado avaliando a estrutura de custos, bastante inflacionada neste início de ano”, destaca Iglesias.
De acordo com levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo de janeiro. O preço do quilo do peito diminuiu de R$ 7,60 para R$ 6,80.
Enquanto isso, o quilo da coxa foi de R$ 7,50 para R$ 6,50 e o quilo da asa de R$ 11,50 para R$ 10,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 7,80 para R$ 7,00, o quilo da coxa de R$ 7,70 para R$ 6,70 e o quilo da asa de R$ 11,75 para R$ 11,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário semanal também teve alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito caiu de R$ 7,70 para R$ 6,90, o quilo da coxa de R$ 7,60 para R$ 6,60 e o quilo da asa de R$ 11,60 para R$ 10,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 7,90 para R$ 7,10, o quilo da coxa de R$ 7,80 para R$ 6,80 e o quilo da asa R$ 11,85 para R$ 11,10.
Preços por mercados produtores
O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo continuou em R$ 5,00 e em São Paulo diminuiu de R$ 5,00 para R$ 4,90.
Na integração catarinense, a cotação do frango recuou de R$ 4,20 para R$ 4,10, na integração do oeste do Paraná de R$ 5,10 para R$ 5,00 e na integração do Rio Grande do Sul de R$ 5,00 para R$ 4,80.
Em Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 5,05, em Goiás em R$ 5,00 e no Distrito Federal em R$ 5,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve queda de R$ 5,70 para R$ 5,50, no Ceará de R$ 5,70 para R$ 5,50 e, no Pará, de R$ 5,90 para R$ 5,60.
Exportações de frango
Foto: Paola Cuenca/Canal Rural
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 774,758 milhões em janeiro (22 dias úteis), com média diária de US$ 35,216 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 388,597 mil toneladas, com média diária de 17,663 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.993,70.
Em relação a janeiro de 2022, houve alta de 35,8% no valor médio diário, ganho de 16,9% na quantidade média diária e avanço de 16,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.