Uma grande inovação para a história de setor sucroenergético em Alagoas está prestes a começar. A Usina Pindorama, pertencente à Cooperativa Pindorama, localizada no município de Coruripe, Litoral Sul de Alagoas, vai iniciar no próximo dia 15 de fevereiro, a produção de etanol de milho, se tornando a primeira Usina Flex, do Norte-Nordeste do Brasil.

A usina, que já produz etanol de cana, possui toda a estrutura de equipamento, maquinário e suporte técnico e energético, o que viabilizou a logística para produção do etanol de milho e facilitou sua implantação por um custo menor do que se ela fosse autônoma.

Klécio Santos, presidente da Cooperativa, explica que esse processo de economicidade foi fundamental para alcançar a viabilidade do projeto em Alagoas. “Nós temos estrutura de balança, de laboratório, de caldeiras, energia e gestão. Isso tem um peso enorme, se não fossemos fazer do jeito que estamos fazendo, com custos mais baixos e que nos dá a certeza e segurança de que o projeto nasceu e foi pensado com viabilidade fantástica”.

Ainda segundo Klécio, o projeto tem um ‘payback’ muito rápido e, dentro de um ano, deve se pagar. Para viabilizar a produção de etanol de milho, a usina Pindorama aumentou a capacidade de geração de vapor ampliada.

“Isso não nasceu de uma hora pra outra, isso foi pensado e investido há três anos quando resolvemos ampliar a capacidade de produção de energia, adquirimos uma nova caldeira e passamos um ano em sua montagem e a partir daí veio o projeto do milho e virão outros projetos, como o milho para consumo humano, com a produção de fubá e flocão de milho”.

Para armazenar a produção e a matéria prima estão sendo construídos quatro novos silos com capacidade de 50 mil sacos cada um, além de um elevador para transporte do grão. Esse volume garantirá à usina, em pleno funcionamento, entre 30 e 40 dias de moagem.

Processos

Até chegar ao produto final, o milho produzido na indústria passará por cinco etapas. A primeira é uma pré-limpeza antes de ir para o silo, a partir daí, o produto é triturado e recebe um tratamento químico, num processo chamado de liquefação, para preparar o caldo que vai para a fermentação.

Fábrica de cuscuz

Ao lado da destilaria, a Pindorama está concluindo outra unidade industrial, com equipamentos de última geração, onde funcionará a fábrica de flocão de milho, produto utilizado para um dos principais pratos da culinária nordestina: o cuscuz.

Com as novas indústrias, a cooperativa vai aumentar o portfólio de produtos e, consequentemente, a capacidade de faturamento.