Agro
Produção de grãos no Nordeste deve chegar a 8,6%
Os produtores de grãos no Nordeste esperam colher, na safra 2023, mais de 25,8 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 8,6% em relação à safra anterior. Os grãos que puxam o crescimento são soja e milho. As informações compõem a análise do cenário macroeconômico realizado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o estudo, o destaque da produção é a Bahia, que deverá produzir 10,9 milhões de toneladas, cerca de 42,5% da produção regional de grãos. Outras importantes contribuições são do Piauí como o segundo maior produtor com previsão de 6,5 milhões de toneladas de grãos (alta de 25,5%) e Maranhão, com produção de 6,4 milhões de toneladas de grãos (24,7% de crescimento).
Em Alagoas, a expectativa de crescimento também é compartilhada pelos produtores do estado. Segundo Hibernon Cavalcanti, integrante da Comissão Estadual de Grãos, a estimativa que o estado registre um crescimento superior da 8%.
“A tendência de crescimento é puxada pelos investimentos realizados pelos produtores rurais nos últimos anos, independente de ações governamentais. O setor está fazendo bons negócios, apesar das perdas por conta de questões climáticas ocorridas em 2022, encontrando espaço para crescer ainda mais”, afirmou Cavalcanti.
Segundo ele, a soja continua sendo o principal grão produzido em Alagoas. “Mas, este ano, deve haver crescimento também de milho, principalmente no sertão, além da soja na região canavieira do estado”, acrescentou.
Hiberno afirmou ainda que há uma tendência de haver uma mudança do sistema climático de La Niña para El niño. “Com isso, há prognostico de chuva dentro da média ou até abaixo dela. O que não pode ocorrer é o que teve no ano passado, quando fomos penalizados com o excesso de chuvas”, afirmou.
A nível regional, dados da Etene explicam que o aumento na expectativa da safra de 2023 é explicado não só pela expansão da área plantada, como também pela melhoria da produtividade, a exemplo do que ocorre nas principais culturas como soja, milho e feijão.
Soja
A produção de milho no Nordeste deve chegar a 9,7 milhões de toneladas, cerca de 37,7% da produção regional de grãos. Já a participação da soja no volume total de cereais, leguminosas e oleaginosas produzidos na Região deve ficar em 53,9%. Estão previstas 13,9 milhões de toneladas, permanecendo como o de maior peso no grupo. Um pouco mais da metade da produção de soja na Região vem da Bahia, que tem projeção de sete milhões de toneladas de grãos. Depois vêm Maranhão (3,6 milhões de toneladas) e Piauí (3,2 milhões de toneladas).
Para a Safra 2023, a estimativa da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas deverá alcançar 301,9 milhões de toneladas, alta de 14,7% em relação a 2022, que computou 263,2 milhões de toneladas. Com expectativas de recordes nas produções de soja (147,5 milhões de toneladas) e milho (122,5 milhões de toneladas), participação de 48,9% e 40,6% da produção de grãos do País, nesta ordem.
Entre as grandes regiões, a distribuição da produção de grãos deverá se concentrar, no Centro-Oeste (141,8 milhões de toneladas; 46,9%) e no Sul (91,0 milhões de toneladas; 30,1%), seguidos por Sudeste (28,1 milhões de toneladas; 9,3%); Nordeste (25,8 milhões de toneladas; 8,6%) e Norte (15,0 milhões de toneladas; 4,9%).
COM ASSESSORIA BNB