Agro
Fornecedores de cana reforçam saldo positivo da safra 22/23
Com uma das safras longas do setor sucroenergético alagoano, que teve início em setembro do ano passado e que se estende até este mês de maio, o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Estado de Alagoas – Asplana, Edgar Antunes, destacou os números positivos do ciclo 22/23.
“Foi uma safra histórica, onde retomamos os patamares de 20 milhões de toneladas de cana. Este resultado é fruto de um processo de recuperação. Afinal, Alagoas já chegou a moer apenas 13 milhões de toneladas. Ao longo dos últimos anos, graças a um pleito da Asplana, conseguimos que medidas importantes fossem adotadas pelo governo do estado, a exemplo da redução ICMS que levou Alagoas a ter impostos iguais aos praticados em Pernambuco. Foram pontos importantes que contribuíram para este cenário atual de crescimento”, afirmou.
Segundo Antunes, que representa mais de sete mil fornecedores de cana do estado, apesar da quantidade de cana processada, o rendimento financeiro ficou abaixo do esperado. “Tivemos uma safra maior, mas o faturamento foi igual ou até menor que o ciclo anterior por conta da ATR que foi muito mais baixa. As pragas que afetaram a cana no período próximo a colheita, além dos altos índices pluviométricos registrados no estado, foram fatores que contribuíram para este cenário. Este ano, vale destacar, o rendimento industrial das usinas também foi muito baixo por conta da quantidade de chuva”, afirmou ele, reforçando que a região norte foi a mais afetada. < /span>
Expectativa
Apesar dos contratempos financeiros, de acordo com o presidente da Asplana, diante dos resultados obtidos, a expectativa é que a próxima safra apresente um resultado ainda melhor em Alagoas.
“Estamos no mês de maio e as chuvas estão ocorrendo de forma mais espaçadas, ofertando períodos maiores de sol. No ano passado, nesta mesma época, por exemplo, as chuvas eram torrenciais, aumentando muito a umidade. Isso favoreceu a cigarrinha, principal praga que afetou o canavial”, reforçou o dirigente do setor.
Edgar Filho afirmou que, apesar de existir uma expectativa otimista para o próximo ciclo da cana em Alagoas, ainda é cedo para avaliar o cenário. “Após os próximos três meses, é que vamos poder ter uma visão mais real da próxima safra no que diz respeito também a questão das chuvas e das pragas”, salientou.
Plantio
O presidente da Asplana reforçou ainda que o plantio de inverno começa a ser preparado pelos fornecedores e indústria. “A expectativa é renovar uma área maior de cana para se manter a produção de 20 milhões de toneladas. Alguns produtores já começaram a plantar, aproveitando a umidade. Mas a maioria só inicia mesmo nos meses de junho e julho. A nossa esperança é que as chuvas sejam bem distribuídas”, finalizou.