O etanol ganha protagonismo na agenda energética do Congresso Nacional. Em solenidade realizada na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), nesta quarta-feira, 23, em Brasília, foi lançada a Frente Parlamentar do Etanol.

A Frente, que conta até o momento conta com 192 deputados federais e 11 senadores, tem como presidente o deputado Zé Vitor (PL/MG) e como vice-Presidente, representando o Senado, o senador Fernando Farias (MDB/AL). A solenidade contou ainda com a presença do presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira.

De acordo com a entidade, a diretoria está sendo montada com a finalidade de representar as diversas regiões do país e também partidos dos parlamentares que fizeram a adesão.

A nova Frente Parlamentar terá como desafio ampliar as vantagens do etanol como fonte de energia limpa e benéfica ao meio ambiente, valorizando um produto nacional que reduz em até 90% as emissões de CO2 em relação à gasolina. Além disso, o setor gera mais de 2,1 milhões de postos de trabalho diretos e indiretos em toda a cadeia de produção.

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Em todo o país, o cultivo de cana-de-açúcar e milho para a produção do biocombustível ocupa apenas 0,9% do território nacional. Atualmente, 83% dos veículos leves funcionam tanto com gasolina quanto com etanol, ou com os dois em qualquer proporção.

Mudança

Durante o evento de lançamento, também foi oficializada a mudança de nome do Fórum Nacional Sucroenergético para Bioenergia Brasil.

Ao completar duas décadas como representante da agroindústria do açúcar e da bioenergia em nível nacional, o Fórum Nacional Sucroenergético, presente em 17 estados brasileiros, avança em direção à modernidade, e adota o novo nome.

A Bioenergia Brasil surge em um momento crucial para o Brasil e para o setor de bioenergia, no qual a descarbonização se coloca como a principal prioridade. O Brasil, já uma potência global nesse tema, deve agora definir uma rota prioritária para a sua evolução, explorando seu potencial como um grande produtor de biocombustíveis, enquanto também direciona sua atenção para aspectos como biomassa, biogás e, em um futuro próximo, o hidrogênio verde.

Essas considerações surgem em um contexto no qual, graças ao esforço conjunto do setor em colaboração com o Congresso Nacional, os biocombustíveis foram incorporados ao capítulo de meio ambiente da Constituição Federal, recebendo um tratamento tributário diferenciado. Englobando todas as regiões produtoras de bioenergia do país, a Bioenergia Brasil surge em um momento inspirador da trajetória dos biocombustíveis e se mantém pronta para continuar oferecendo suas contribuições.