Agro
Fórum Nordeste debate sustentabilidade no setor sucroenergético
O evento, que reuniu na sua 12ª edição as principais lideranças do setor sucroenergético regional e nacional
Após o hiato provocado pela pandemia, a cidade de Recife foi palco de mais um Fórum Nordeste. O evento, que reuniu na sua 12ª edição as principais lideranças do setor sucroenergético regional e nacional, no Mirante do Paço Alfândega, dia 04 de setembro, abordou os desafios e oportunidades nos setores de biocombustíveis e energias limpas.
No evento, promovido pelo Grupo Eduardo Queiroz Monteiro (EQM) e que contou com a participação de lideranças do setor, a exemplo do presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Alagoas (Sindaçúcar-AL), Pedro Robério Nogueira, além de empresários, pesquisadores e autoridades governamentais como representantes do governo federal e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
“O debate do fortalecimento do etanol como matriz é importante e é a sobrevivência para o nosso país e o nosso setor. Temos essa fonte energética limpa e renovável que pode dar suporte para muitas outras com a possibilidade de ser a geração de fonte para hidrogênio verde. Neste segundo semestre, ocorrerão discursões que irão oportunizar ao país uma regulamentação de energias limpas como biomassa, eólicas, regulamentação de crédito de carbono, entre outras. Será uma pauta construtiva. O Brasil está na vanguarda e tem grande potencial. Temos que trabalhar e dar oportunidade”, afirmou o deputado Arthur Lira.
“Essa é a grande discursão do momento. O mundo vai caminhar por trajetos diferentes no debate sobre a mobilidade elétrica que é a fonte mais descarboniza. Entretanto, no caso do Brasil e de outros países que tenham intensidade muito grande na produção de biocombustível, a geração de energia elétrica pode conviver plenamente com o automóvel elétrico. Pode ser no modelo híbrido ou no modelo de geração de energia a partir do próprio etanol que é chamado de hidrogênio verde. Hoje, o Brasil defende a tese da convivência pacifica e convergente do etanol neste contexto da mobilidade com o intuito final de fazer a descarbonização”,declarou o presidente do Sindaçúcar-AL.
No fórum, painéis e palestras debateram pontos como sustentabilidade, descarbonização e o Marco Regulatório na indústria automotiva e o programa Combustível do Futuro, assim como o plano de transformação ecológica: desenvolvimento inclusivo e sustentável para lidar com a crise climática.
“A sustentabilidade admite várias opções, inclusive a eletrificação usando etanol que é o caso dos híbridos e dos veículos a hidrogênio. O etanol é um combustível moderno que represente esta opção de eficiência e alta densidade energética, baixa pegada de carbono um gerando carregador de hidrogênio. A forma prática, eficiente e segura de armazenar a transportar hidrogênio e através do etanol. Temos essa solução e 41.800 postos que distribui hidrogênio na forma de etanol. Essa transição energética que precisa ser valorizada”, destacou Plínio Nastari, CEO da Datagro que fez palestra de abertura do evento sobre a “Transição energética, descarbonização e o papel dos biocombustíveis”.