Agro

Brasil tem novos mercados para exportação de farelo de milho

As projeções indicam que a produção de etanol de milho brasileiro deverá atingir 10,88 bilhões de litros até 2031/2032

Por Agrolink 19/11/2023 16h04 - Atualizado em 19/11/2023 18h06
Brasil tem novos mercados para exportação de farelo de milho
Farelo de milho - Foto: Reprodução

O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da abertura dos mercados de Vietnã, Tailândia, Turquia e Nova Zelândia para a exportação de farelo de milho, um dos subprodutos do processo de produção de etanol de milho, conhecido tecnicamente como DDG (distiller's dried grains/ grãos secos por destilação) ou DDGS (distiller's dried grains with solubles/ grãos secos por destilação com solúveis).

Os DDGS/DDG, derivados da produção de etanol de milho na segunda safra, desempenham um papel fundamental como fonte proteica e energética nas formulações de ração animal, atendendo a diversas espécies, incluindo ruminantes, suínos, aves, peixes e camarões.

De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), as projeções indicam que a produção de etanol de milho brasileiro deverá atingir 10,88 bilhões de litros até 2031/2032. Esse crescimento significativo resultará em uma oferta de aproximadamente 6,5 milhões de toneladas de DDG/DDGS para o mercado.

A conquista da abertura desses novos mercados é um testemunho do compromisso do Brasil em fortalecer o agronegócio e expandir a oferta de insumos para a produção de proteína animal. O sucesso dessa iniciativa é fruto dos esforços conjuntos entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, ficando atrás apenas da China (2ª) e dos Estados Unidos (1º). Cerca de 10% dos grãos produzidos são destinados à produção de etanol, realizada principalmente com o milho da segunda safra. Essa prática, conhecida como "safrinha", é plantada na mesma área após a colheita da safra principal, dentro do mesmo ano agrícola, reduzindo significativamente a emissão de gás carbônico.

Com base nas métricas do governo brasileiro, o etanol de milho destaca-se por ter uma das pegadas de carbono mais baixas entre todas as usinas de etanol do país, aproximadamente 17gCO2/MJ.

Segundo o 1º Levantamento da Safra de Grãos 2023/24, divulgado em outubro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total de milho esperada para a safra 2023/24 é de 119,4 milhões de toneladas, e estima-se que 38 milhões de toneladas serão destinadas à exportação, consolidando a posição do Brasil como um importante player global no mercado de grãos.