Agro
Oportunidades no agro pagam até R$ 25 mil para gerente de fazenda
Guia nacional aponta os cargos que serão mais demandados pelo setor em 2024
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Os cargos que serão mais disputados pelo agronegócio em 2024 são gerente de fazenda, com salários de R$ 19 mil a R$ 25 mil mensais; representante técnico de vendas (R$ 9 mil a R$ 14 mil) e cientista de dados (R$ 8 mil a R$ 12 mil); além de operadores de drones (R$ 5,5 mil a R$ 9 mil) e assistente de vendas (R$ 5 mil a R$ 8 mil).
Os dados estão na edição 2024 do guia salarial da Robert Half. O documento é baseado em informações de clientes, “insights” de entrevistas com candidatos, vagas fechadas e seleções em andamento da consultoria de recursos humanos no Brasil.
“A chegada de novas tecnologias acelera as transformações do setor e caminha junto com a ascensão das agtechs [startups do agronegócio]”, afirma Maria Sartori, diretora associada da Robert Half, ao Valor.
De acordo com o Radar Agtech 2023, mapeamento produzido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), SP Ventures e Homo Ludens, o número de startups do agronegócio cresceu quase 15% em um ano, com 1,9 mil empresas em operação no final do ano passado – 250 a mais do que em 2022. Mais da metade delas (56,9%) estão na região Sudeste.
“Profissionais com capacidade de adaptação às ferramentas tecnológicas que estão surgindo serão valorizados pelo mercado”, garante a consultora. Prova disso é que entre as cinco posições em destaque no relatório da Robert Half, duas (cientista de dados e operadores de drones) são ligadas diretamente às inovações no campo.
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Sartori diz que há, ainda, uma forte demanda por currículos especializados em produtos e maquinário. “Portanto, é muito comum que as organizações disputem os mesmos talentos, o que potencializa os desafios do recrutamento”, diz. “Como exemplo desse cenário, estão as companhias de produção de grãos, fertilizantes e da agropecuária, que buscaram perfis semelhantes ao longo de 2023, uma situação que deve se repetir em 2024.”
Diante das informações reunidas pelo guia, a consultora acredita que candidatos dedicados ao aperfeiçoamento contínuo no segmento terão o poder de “dar as cartas” para os empregadores em busca de mão de obra.
“Nesse setor, as taxas de desemprego para a população qualificada – a partir de 25 anos e com ensino superior completo – são baixas, próximas dos 3%”, explica. “Para se manterem atraentes para os profissionais, as empresas terão de estabelecer políticas de trabalho claras, bons pacotes de benefícios e remuneração compatível.”
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