Agro
Alagoas é destaque na estimativa da produção de grãos para 2024
Estudo do Banco do Nordeste aponta o estado entre os quatro primeiros do país em incremento na produção, em relação à safra 2023
Alagoas deve despontar, este ano, entre os quatro primeiros estados do país em incremento na produção de grãos: 45,3% de aumento no comparativo com a safra 2023. O percentual representa cerca de 60 mil toneladas a mais do que no ano passado. É o que revela análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) sobre os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Etene, área do Banco do Nordeste (BNB) responsável por pesquisas econômicas sobre a Região, destaca ainda que apenas oito unidades federativas deverão apresentar aumento na produção de grãos, de acordo com o prognóstico do IBGE para a safra 2024: Rio Grande do Sul (+ 11.713,1 mil t), Paraíba (+ 100,6 mil t), Pernambuco (+ 80,7 mil t), Ceará (+ 71,2 mil t), Alagoas (+ 59,7 mil t), Distrito Federal (+ 36,74 mil t), Amapá (+ 33,8 mil t) e Rio Grande do Norte (+ 6 mil t). A safra de Alagoas para este ano deve totalizar 191.654 toneladas. Em percentual de crescimento, o resultado da produção alagoana (+ 45,3%) será o terceiro maior do Nordeste, segundo a projeção.
Pela estimativa, que leva em conta a produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas, a safra brasileira deve alcançar 306,2 milhões de toneladas, queda de 3,2% em relação à safra de 2023.
Milho
Segundo o Etene, o crescimento na produção de grãos em Alagoas se deve principalmente ao incremento das lavouras de milho, feijão e arroz, que, pelo prognóstico da safra 2024, será, respectivamente, de +75,6%, +23,7% e +8,9%.
Em Alagoas, o milho lidera no prognóstico da produção de grãos, com participação de 66,7% do total produzido no estado. A safra alagoana de milho deve despontar ainda como a terceira maior do país em percentual de crescimento frente a 2023.
Crédito
O Banco do Nordeste também registrou aumento nos financiamentos destinados ao cultivo de grãos no estado. Ano passado, os contratos de crédito com essa finalidade somaram R$ 88,3 milhões, crescimento de 25% em relação a 2022. Do total, R$ 77 milhões foram aplicados na cultura do milho.