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MME e IEA assinam Plano de Trabalho para Aceleração da Transição Energética
O plano orientará a cooperação e as atividades bilaterais entre a AIE e o Brasil no período 24/25
O presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Etanol no Estado de Alagoas – Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, participou, essa semana, em Brasília da solenidade de assinatura do Plano de Trabalho para a Aceleração da Transição Energética no Brasil com a Agência Internacional de Energia (IEA). O evento, contou com a presença do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira e do diretor-executivo da Agência, Fatih Birol, que fizeram oficialmente a assinatura do documento.
Na oportunidade, Silveira destacou que o comando do Brasil no G20, incluindo a trilha de energia das 20 maiores economias do planeta, dará ao país a oportunidade de liderar as demais nações com o objetivo de avançar em uma transição energética equilibrada, incluindo as pessoas e ajudando na paz mundial. Segundo o ministro, é o momento de o Brasil construir pontes e reforçar as grandes parcerias nacionais e internacionais.
O plano orientará a cooperação e as atividades bilaterais entre a AIE e o Brasil no período 24/25, fortalecendo o apoio à presidência brasileira da COP30, em 2025. Ele descreve as áreas prioritárias para cooperação na área da transição energética justa e inclusiva, bem como propõe atividades incluindo workshops virtuais e presenciais, diálogos técnicos, consultas, relatórios, sessões de formação e capacitação, entre outros.
“Nosso objetivo é gerar novas oportunidades para as pessoas e monetizar as iniciativas que contribuam para tornar a matriz energética do planeta mais limpa. As políticas públicas que estamos incrementando para acelerar a transição energética serão a mola propulsora da nova economia verde global”, explicou Silveira, ressaltando o trabalho do MME também para a descarbonização do setor de transportes.
“Vamos acelerar os mercados regionais e globais para os "combustíveis do futuro" (hidrogênio e biocombustíveis), com foco na descarbonização da indústria, dos transportes e da mobilidade urbana. Nós lançamos no ano passado a mais inovadora e funcional política de valoração econômica dos biocombustíveis. Teremos SAF, diesel verde, etanol de segunda geração”, afirmou.
O diretor-executivo da IEA, Fatih Birol, afirmou que o Brasil está entrando em um período sem precedentes da história econômica e política nos próximos dois anos. “O tempo do Brasil chegou. O governo brasileiro está muito claro com o que está acontecendo. O Brasil tem que liderar os países emergentes na questão das energias renováveis. A transmissão de energia limpa no mundo não está acontecendo, mas o Brasil tem músculos e lideranças para conduzir um desenvolvimento justo e inclusivo. No G20, espero que o Brasil crie muitos mercados para isso. Temos muitos setores para descarbonizar, como o aéreo e o marítimo. O Brasil tem potencial também de minerais críticos, como o lítio e o cobalto, por exemplo”, afirmou.