Agro

Previsão de chuvas traz impacto positivo nas lavouras

Frente fria, cavado e ZCIT trazem mudanças para diferentes regiões do país. Saiba como o tempo afetará as lavouras e os trabalhos em campo.

Por A,grolink 27/02/2024 09h09
Previsão de chuvas traz impacto positivo nas lavouras
Previsão de chuvas traz impacto positivo nas lavouras - Foto: agrolink

A semana terá condições de chuvas volumosas e abrangentes em praticamente todo território nacional, com destaque para os volumes previstos na faixa norte.

No Sul, a previsão é de chuvas moderadas a intensas no início da semana, com a possibilidade de formação de temporais, um fenômeno atribuído à presença de um cavado entre a Argentina e o Uruguai.

À medida que essa frente fria se desloca em direção ao Atlântico Sul, espera-se que ela traga impactos na região Sudeste.

No norte do Nordeste, a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) promete trazer grandes volumes de chuva, especialmente para a faixa mais norte, aumentando o risco de alagamentos.

Enquanto isso, a Região Norte do país espera chuvas geradas principalmente pela instabilidade termodinâmica – combinação entre o calor e umidade.

De maneira geral, as condições para as lavouras são adequadas em todo o Brasil. As chuvas devem garantir bons níveis de umidade no solo para o desenvolvimento das lavouras que ainda estão em campo.

Também vale mencionar que, apesar do tempo mais seco no início da semana, o cenário será favorável para os trabalhos em campo, como no avanço da colheita de verão, plantio de segunda-safra e para os tratos culturais.

Os cuidados devem ser direcionados ao monitoramento fitossanitário, devido à maior susceptibilidade de doenças fúngicas em períodos úmidos.

Sul

No início da semana, o Rio Grande do Sul enfrentará chuvas volumosas devido a um cavado entre a Argentina e o Uruguai, potencializando temporais. Este sistema avança, formando uma baixa pressão sobre o Atlântico Sul, estendendo chuvas para Santa Catarina e Paraná. Espera-se maior acumulação no meio-oeste gaúcho, principalmente entre segunda e terça. O aumento da umidade do solo favorecerá o manejo e desenvolvimento de cultivos. Tecnicamente, essa configuração climática é crucial para recuperação hídrica, beneficiando a agricultura, mas requer atenção para evitar danos por excesso de água.

Nordeste:

A região norte do Brasil, especialmente os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, está prevista para receber grandes volumes de chuva, ultrapassando os 150 mm, devido à atuação intensa da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Para a parcela central da região, onde os volumes de chuva tendem a ser menores, as condições para o desenvolvimento das lavouras são favoráveis. A umidade adequada, combinada com temperaturas amenas, cria um ambiente propício para o desenvolvimento adequado das lavouras.

Sudeste

A região deve começar a semana com pouca chuva, exceto pela entrada de uma frente fria que traz precipitações mais significativas a partir de quinta-feira, espalhando-se por grande parte de São Paulo, avançando pelo litoral, Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Serra do Mar, chegando ao Rio de Janeiro. A frente fria avança pelo Atlântico Sul, afetando o Paraná e a porção litorânea de São Paulo com chuvas mais leves. As condições de umidade se manterão favoráveis para os cultivos de primeira safra, bem como para a granação dos frutos de café e o crescimento da cana-de-açúcar.

Centro-Oeste:

Chuvas irregulares serão observadas ao longo da semana, influenciadas pela instabilidade termodinâmica. À medida que avançamos para o final da semana, o desenvolvimento de um sistema frontal deverá trazer chuvas mais regulares, especialmente afetando o Mato Grosso do Sul. Este cenário é complementado pelo avanço de uma frente fria e de um cavado, ambos contribuindo significativamente para as mudanças climáticas na região. Em paralelo, a umidade presente no solo deverá manter condições favoráveis ao desenvolvimento dos cultivos de segunda safra.

Norte:

A semana na Região Norte do Brasil será marcada por uma atmosfera instável, com previsões de chuvas concentradas especialmente entre o Amazonas e o extremo oeste de Roraima. Essas precipitações, diferentemente das influências habituais da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), devem-se à instabilidade termodinâmica que se estabelecerá de forma predominante ao longo da semana. No Amazonas, espera-se que vários pontos acumulem mais de 125 mm de chuva em um intervalo de 7 dias, indicando um período bastante úmido.