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Sindicalista alerta para colapso na Adeal

Deputado de oposição denunciou situação durante pronunciamento na ALE/AL

Por Redação 12/03/2024 14h02 - Atualizado em 12/03/2024 15h03
Sindicalista alerta para colapso na Adeal
Sindicalista aponta redução no número de servidores - Foto: Reprodução

O Sindicato dos Servidores de Fiscalização Estadual Agropecuária de Alagoas (Sinfeagro), entidade que representa os servidores da Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (ADEAL), voltou a chamar atenção para a atual situação do órgão, devido aos últimos acontecimentos relacionados a ADEAL.

Na última quarta-feira, 6 de março, o deputado estadual Fernando Pereira (Progressistas), em fala, durante sessão ordinária na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), solicitou ao Governo do Estado providências em relação ao órgão. “A agência está completamente sucateada, defasada e a ponto de entrar em colapso, o que levaria ao fechamento de fronteiras, afetando diretamente o setor produtivo”, destacou o parlamentar.

O Sinfeagro reforçou que a ADEAL foi criada em 2006, através de um primeiro e único concurso em 2007, e, em 2008, esses servidores efetivos assumiram. Em 2008, de acordo com a diretoria da entidade sindical, entre concursados, cedidos e servidores redistribuídos à agência, que contava com pouco mais 360 servidores, mas que, atualmente, conta com aproximadamente 130.

"Nesses 16 anos, tivemos uma redução no quadro pessoal na ordem de 70% e no mesmo período um aumento muito maior em relação às nossas atribuições, responsabilidades e serviços que conferiram a Alagoas ganhos exponenciais como: os atuais status sanitários dos rebanhos, a segurança sanitária para os produtos de origem animal e vegetal, a equivalência ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (SISBI-POA), que faz parte do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SUASA), onde padroniza e harmoniza os procedimentos de inspeção de produtos de origem animal garantindo inocuidade e segurança alimentar ao produto Alagoano", explicou Otto Portela, presidente do sindicato.

"O SISBI, por sua vez, oportuniza as indústrias Alagoanas de POA registradas no Serviço de Inspeção Estadual (SIE/ADEAL) a se adequarem e poderem comercializar seus produtos em todo o território Nacional e termos o produto Alagoano na mesa do Brasileiro do café da manhã ao jantar. Imagine perdermos tudo pela falta de reconhecimento do próprio Estado aos serviços prestados pelos Servidores da ADEAL, pela falta de reestruturação das carreiras dos servidores da ADEAL e da própria Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas", acrescentou Otto.

A luta do Sinfeagro tem sido contínua há mais de três anos, e o sindicato já vem mostrando estas necessidades de reestruturação das carreiras e da Agência, desde o quadro de servidores melhores condições de trabalho e serviço, até adequações na legislação Estadual de defesa e inspeção agropecuária em Alagoas. "Não vamos desistir de lutar pelos nossos direitos. Nossa categoria segue unida, demonstrando que a luta irá continuar", explicou, aproveitando para fazer um apelo ao Governo do Estado.

"Os servidores da ADEAL que realizam a Defesa e Inspeção Agropecuária em nosso Estado, necessitam dos reconhecimentos de suas ações e serviços para garantir a legalidade e legitimidade do que executam, além de melhores condições de trabalho e equipe proporcional às demandas de serviços e atividades executadas pelo órgão", concluiu o presidente do Sinfeagro.

Após a fala do deputado na última semana, a ADEAL se manifestou, através de nota, e disse que trabalha diuturnamente para garantir a saúde animal e vegetal do estado, mesmo com todas as dificuldades. Leia a nota completa:

A Adeal informa que, apesar de dificuldades, seu quadro de servidores trabalha diuturnamente para garantir a sanidade animal e vegetal no estado, atuando na defesa e na inspeção com uma equipe abnegada!A Adeal esclarece ainda que o plano estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), elaborado e que segue as diretrizes determinadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuaria, vai até 2026 e Alagoas está dentro do cronograma oficial, junto com a maioria dos estados que compõe o bloco 3 do Nordeste.