Agro
Sigatoka: Adeal fará inspeção em municípios produtores de banana
De acordo com a programação, a ação será iniciada, no período de 18 a 22 de março
Com o propósito de verificar a ocorrência de focos da praga sigatoka negra no estado, a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) dará início, na próxima semana, a um trabalho de inspeção em áreas rurais dos maiores municípios produtores.
De acordo com a programação, a ação será iniciada, no período de 18 a 22 de março, em Palmeira dos Índios e Belém, situados no agreste alagoano.
“Além de inspecionar as propriedades produtoras de banana, os fiscais da Adeal também percorrerão municípios próximos a Pernambuco, onde a doença já se encontra presente em 22 municípios”, informou a chefe do Núcleo de Defesa Vegetal da Adeal, Maria José Rufino.
Segundo a representante da agência de defesa, a sigatoka é uma praga quarentenária que causa prejuízos econômicos, se as medidas de controle não forem adotadas. “Caso seja detectado algum foco, a Adeal deverá ser acionada para orientar o produtor sobre a convivência com a praga”, declarou.
Doença
A Sigatoka-negra é a mais grave e temida doença da bananeira no mundo e foi constatada no Brasil em fevereiro de 1998, no Estado do Amazonas. Hoje, está presente nos Estados do Acre, Rondônia, Pará, Roraima, Amapá, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Minas Gerais. O fungo causador da Sigatoka-negra é a Mycosphaerella fijiensis Morelet.
O desenvolvimento de lesões de Sigatoka-negra e a disseminação do fungo são fortemente influenciados por fatores ambientais como umidade, temperatura e vento. Outras vias importantes na disseminação têm sido as folhas doentes utilizadas em barcos e/ou caminhões bananeiros, para proteção dos frutos durante o transporte, e as bananeiras infectadas levadas pelos rios durante o período de cheias na Amazônia.