Com o fim da moagem das usinas Sumaúma e Porto Rico, a safra 23/24 foi encerrada em Alagoas. Dados preliminares coletados pelo departamento Técnico do Sindaçúcar-AL – sem contabilizar ainda com os números finais das duas unidades industriais –, apontam para uma moagem superior a 19,1 milhões de toneladas de cana beneficiadas.

“Não temos ainda números percentuais, mas tivemos mais ou menos 1,3 milhão de toneladas de cana a menos que a safra passada. Porém, tivemos uma quantidade de produtos maiores. Superamos tanto em etanol, quanto em açúcar. Tivemos em torno de seis quilos de açúcar a mais por tonelada de cana em relação à safra anterior”, afirmou o coordenador Técnico do Sindaçúcar-AL, Cândido Carnaúba, lembrando que a expectativa inicial para o ciclo 23/24 era repetir os números da moagem 22/23 que chegaram a 20,8 milhões de toneladas de cana.

“Na safra passada, foi colhida muita cana fora do tempo, nos meses de abril e maio. Agora, a cana, que foi colhida nestes dois últimos meses, deu um prejuízo grande em termo de produtividade. O corte dela foi antecipado para o mês de fevereiro e março. Por isso, a queda. Contudo, a cana estava mais rica esse ano e tivemos uma grata produção do etanol e açúcar”, destacou Carnaúba.

O coordenador Técnico do Sindaçúcar-AL reforçou ainda que, nesta safra, os preços dos produtos tiveram queda, mas que houve um sinal de recuperação no fim do ciclo. “Nos meses de safra, foram registradas quedas no ATR”, lembrou.

De acordo com Carnaúba, o próximo ciclo da cana em Alagoas deverá ser igual ao 23/24 ou até repetir a safra 22/23. “Agora, é voltar a atenção para os tratos culturais do canavial e esperar a safra do próximo ano”, salientou.

A safra 23/24, que foi iniciada na segunda quinzena de agosto do ano passado, pela usina Santo Antônio, contou com 15 unidades industriais em operação e perdurou por mais de sete meses.