Agro
Financiamentos do Banco do Nordeste para pecuária de corte aumentam 135% em Alagoas
Crédito para atividade alcança R$ 83,4 milhões no primeiro trimestre do ano
A pecuária de corte tem aumentado a participação nos financiamentos do Banco do Nordeste destinados à bovinocultura em Alagoas. Levantamento da instituição aponta crescimento de 135% no crédito voltado à atividade, no primeiro trimestre do ano, no comparativo com mesmo período de 2023, totalizando R$ 83 milhões.
O valor representa ainda 64% dos recursos do BNB financiados para a criação de bovinos em Alagoas, que também são alocados para bovinocultura de leite, e totalizou R$ 130 milhões nos três primeiros meses do ano. Ano passado, no mesmo período analisado, a participação dos financiamentos voltados para corte foi de 54,6% do total investido em bovinos no estado.
Segundo o superintendente estadual do BNB em Alagoas, Sidinei Reis, o banco é um forte apoiador da agropecuária alagoana, em especial da atividade de bovinocultura, tanto a desenvolvida com o objetivo de corte, como a leiteira, tradicional no estado. O gestor elogiou a boa genética do rebanho alagoano, que vem ganhando projeção nacional.
Em relação ao crédito da instituição, Sidinei destaca os financiamentos realizados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), que abrangem desde os agricultores familiares, atendidos pelas linhas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), até pequenos e mini produtores rurais e pecuaristas de portes maiores, atendidos pelo FNE Rural.
Produção de carne no sertão alagoano
O potencial do estado para o agronegócio, aliado às boas condições do crédito ofertado pelo BNB, foram motivações para o produtor mineiro Fernando Montans Alvarenga implantar projeto de pecuária de corte em Delmiro Gouveia, no sertão alagoano.
Fernando contratou recentemente o crédito com o banco para o custeio agropecuário. “Nós somos do sul de Minas Gerais, trabalhamos com produção de café. Eu sou a quinta geração que trabalha com café na família, e também produzimos leite na região. O nosso projeto, que nós viemos fazer aqui em Alagoas, é de confinar 12 mil cabeças de animais por ano. É um projeto inovador de confinamento de gado que não é utilizado aqui, com ciclo muito rápido na produção de carne”, esclarece.
Sobre o financiamento rural do BNB, o produtor ressalta a importância do apoio creditício da instituição. “É um crédito a um preço justo, que chega na hora certa e que faz a atividade ser rentável. O Banco do Nordeste é fundamental para que o Nordeste se desenvolva e acredite no potencial que tem. E está comprovado que uma aliança entre o Banco do Nordeste e o produtor que está a fim de fazer algo diferente vai colher resultados diferentes. Nós estamos aqui com novas tecnologias de plantio, de manejo dos animais e de produção de alimentos”, atesta.
Em relação à atividade escolhida para desenvolver nas terras alagoanas, o produtor reforça a qualidade do gado no estado. “Alagoas é nacionalmente reconhecida pela boa genética do gado leiteiro, mas a gente vê um potencial muito grande ainda para ser explorado. Um gado que tem rusticidade, mas ainda pouco utilizado e com potencial de ganho muito aquém daquilo que pode. O potencial de Alagoas é enorme, tanto para o gado de leite, como para o gado de corte”, conclui.