O curso de formação de jurados da raça santa inês reuniu, em Alagoas, criadores de diferentes estados do Brasil que trabalham com a criação de ovinos. A formação foi promovida pela Associação Brasileira dos Criadores da Raça Santa Inês (ABSI), com a chancela do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), e formou uma turma de 12 jurados. As aulas teóricas foram realizadas no Parque da Pecuária, em Maceió, nesta quinta-feira, 23. Já as provas onde os alunos testarão a prática do julgamento estão sendo realizadas no Rancho Titara, em Paripueira, até este sábado, dia 25.

A grade preparou os alunos para uma atuação completa na dinâmica do julgamento com capacitação para qualificação e seleção do animal por exposição e comparação. Além do princípio da qualificação, os jurados aprenderam sobre padrão racial, pontuação, código de ética e oratória.

Nas avaliações práticaS, o curso discutiu sobre classificação e julgamento de conjuntos família, progênie e oratória. Para o técnico e jurado da ABSI, Joselito Barbosa, atualmente os julgamentos passam a ditar tendências de mercado devido a análise apurada oferecida em pista ao comparar os rebanhos.

“Os julgamentos desempenham função essencial para encaminhar o trabalho de um criatório. No Santa Inês temos visto campeonatos acirrados, fortes, onde o jurado, por exemplo, precisa escolher grandes campeões dentre um plantel de 500 animais. Então, sem dúvida, passar por esse curso e atualizar os conhecimentos é de suma importância para exercer um bom trabalho”, explicou.

Os participantes saem do curso com certificação da ABSI e com credencial para participar do Colégio de Jurados da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arcor). “Importante estarmos atuando em consonância com a ciência, com o pilar da formação, trazendo o olhar de quem estuda e pesquisa sobre a raça santa inês. Essa turma conta com representantes de estados brasileiros, de técnicos que trabalham no setor e que vão aprimorar os conhecimentos”, explicou.

Genuinamente brasileira, a raça santa inês tem aptidão para a produção de carne e alta atuação no Nordeste, com o estado da Bahia sendo o portador do maior rebanho brasileiro. De acordo com inspetor e aluno do curso, Salvador Júnior, a raça vem conquistando espaço na pecuária nacional. “A raça santa inês se adaptou muito bem ao clima e as caraterísticas do Nordeste. Eu já atuo com essa raça e poder ser jurado, considero um sonho. E o desejo é que o santa inês seja cada vez mais difundido” disse.