A safra mundial de café na temporada 2024/25 pode totalizar 176,23 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com projeção divulgada nesta quinta-feira (20/6) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O número, se confirmado, ficaria acima das 169,18 milhões de sacas projetadas pelo órgão para a temporada anterior.

“A produção mundial de café para 2024/25 deverá recuperar 7,1 milhões de sacas em relação ao ano anterior (...) devido principalmente à recuperação contínua no Brasil e na Indonésia”, disse o USDA, em relatório.

O departamento espera um incremento de 3,6 milhões de sacas nas exportações mundiais para este novo ciclo, com as vendas externas podendo alcançar 123,1 milhões, puxado principalmente por envios do Brasil e Indonésia.

A projeção para o consumo global de café cresceu 3,1 milhões de sacas em relação à safra 2023/24, ficando em 170,6 milhões. Os estoques finais devem ter incremento de 1,9 milhão de sacas, totalizando 25,8 milhões, após três anos de declínio.

Para a safra do Brasil – maior produtor de arábica do mundo –, o USDA prevê um aumento de 3,6 milhões de sacas de café na temporada 2024/25, com uma produção total que pode chegar a 69,9 milhões de sacas. Desse total, o arábica deve representar 48,2 milhões de sacas (+3,3 milhões de sacas), e o robusta (ou conilon) deve atingir 21,7 milhões, ou 300 mil sacas a mais que o último ciclo.

“Altas temperaturas no final de 2023 fez com que algumas cerejas caíssem durante o estágio de formação de frutos, mas subsequentemente a precipitação adequada proporcionou condições ideais para a fase final de desenvolvimento dos frutos e a produtividade foi impulsionada”.

Com o aumento esperado para a produção de café no Brasil, as exportações podem crescer 1 milhão de sacas, para 42,5 milhões. Para os os estoques finais é esperado um aumento de 700 mil sacas para 3,5 milhões.

Vietnã

Para o Vietnã, maior produtor de café robusta do mundo, a safra deve atingir 27,85 milhões de sacas, menor em relação às 28 milhões da última temporada.

“A estação chuvosa foi ligeiramente atrasada e temperaturas acima da média foram registrados em muitas áreas, afetando negativamente os rendimentos”, segundo o USDA.

As exportações do país deverão cair quase 500 mil sacas, para 24,4 milhões, devido à redução da oferta total e aumento do consumo interno.