Agro

Asplana: "Produtores de cana receberão R$ 2 a R$ 3 por tonelada em créditos de carbono"

Presidente da entidade convidou categoria para reunião que detalhará repasse feito aos fornecedores

Por Vinícius Rocha 16/07/2024 18h06 - Atualizado em 16/07/2024 19h07
Asplana: 'Produtores de cana receberão R$ 2 a R$ 3 por tonelada em créditos de carbono'
Edgar Antunes Filho assume papel de destaque em ação que beneficiará produtores alagoanos - Foto: Assessoria

Uma antiga demanda dos fornecedores de cana de Alagoas começa a virar realidade. O pagamento pelo crédito de carbono, o Renovabio, será tema de uma reunião na próxima terça-feira (24), na sede da Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas (Asplana). 

Segundo o presidente da entidade, Edgar Filho, o encontro visa garantir a adesão massiva dos produtores de cana de Alagoas para entender como é feito o cálculo do recebimento de crédito de carbono, que será pago também aos fornecedores, e não apenas às indústrias, como ocorre atualmente.

Edgar Filho destacou que o produtor de cana terá direito a R$ 2 a R$ 3 por tonelada de cana em créditos de Renovabio, o que representará um incremento significativo na renda dos produtores. "Era um pleito antigo que nós tínhamos. Nos unimos à Unida e à Feplana, a qual somos somos afiliados, e levamos essa briga a Brasília. Lutamos junto aos deputados, presidente da câmara e senadores, e conseguimos uma vitória: o acordo com as indústrias para que esses créditos fossem pagos", explicou o presidente da Asplana.

O evento reunirá presidentes de associações do Nordeste, junto com o presidente da Unida e da Feplana, Paulo Leal, para discutir com um dos maiores especialistas em Renovabio, João Botão, sobre como é feito o cálculo do crédito e orientar os produtores sobre como receber o benefício a partir da safra 2024/2025.

Edgar Filho ressaltou a importância dos agricultores, que produzem a matéria-prima, enquanto as indústrias fazem a captação. Ambos os setores têm direito ao recebimento do crédito, mas até agora o repasse não era feito ao fornecedor. "Nós tentávamos todos os meios e não conseguíamos avançar. Mas, através de um projeto de lei em Brasília, junto com senadores e deputados de cada região sucroalcooleira, pressionamos e fizemos o acordo. Foi bom para todos porque nunca quisemos nada que não fosse nosso por direito. É um pleito real, justo", concluiu Edgar Filho.