Diante da chegada de um novo ciclo da cana em Alagoas, com as primeiras usinas entrando em operação nas próximas semanas, o meteorologista Luiz Carlos Molion destacou que as chuvas que vêm sendo registradas no estado devem se estender até o final deste mês.

De acordo com o professor aposentado da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e pesquisador, o problema para a cultura da cana-de-açúcar seria o tempo nublado por conta da formação de nuvens de chuva. “Afinal, faltando a quantidade certa de sol a planta tem dificuldade de fazer a fotossíntese. A cana precisa desse processo para poder acumular uma quantidade maior de sacarose”, lembrou.

Segundo Molion, em termos de oferta de água, por conta das chuvas, a lavoura da cana em Alagoas estará bem servida, além de também poder contar com uma temperatura um pouco mais baixa que o considerada normal.

“Mas devido à redução de energia solar em função da cobertura de nuvens mais intensas e a temperatura também mais baixa, é bem provável que a cana reduza o metabolismo e possa gerar um atraso na colheita que poderá se estender por um mês ou pouco mais que o imaginado”, alertou ele.

Homenageado

Diante das contribuições prestadas ao setor sucroenergético por meio do trabalho de previsão climática, Luiz Carlos Molion foi um dos homenageados no 39º Simpósio da Agroindústria da Cana-de-Açúcar de Alagoas, promovido pela Sociedade dos Técnicos Açúcareiros e Alcooleiros do Brasil – Regional Leste (Stab-Leste), em julho passado.

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