Agro
Queda no preço da soja acende alerta para margem do produtor em 2024/25
No acumulado do ano, a desvalorização do grão chega a 18% na bolsa de Chicago
O cenário de aumento de estoques de passagem de soja na safra 2023/24 e a perspectiva para safra cheia da oleaginosa nos EUA, a ser colhida nos próximos meses, pressionaram as cotações globais no mercado disponível e futuro.
Como mostrou recentemente a reportagem, na bolsa de Chicago, a soja caiu quase 7% em julho. No acumulado do ano, a desvalorização chega a 18%.
Segundo a Céleres Consultoria, esse cenário acende o alerta para a formação de preços e margens dos sojicultores brasileiros na safra 2024/25.
Na visão da consultoria, mesmo em meio a uma forte queda do grão, o produtor ainda pode conseguir uma margem positiva. Para isso, é preciso uma estabilidade do dólar e também os preços em Chicago na faixa de US$ 10,50 a US$ 11 o bushel. Hoje, o contrato futuro mais líquido foi precificado a US$ 10,09 o bushel.
A consultoria projeta que se a taxa de câmbio futuro seguir o cenário base de R$ 5,50 a cotação em Chicago deve ser de, pelo menos, US$ 10,10 a US$ 10,40 o bushel para garantir uma margem “normal”.
Portanto, este é o nível de cotações que deve ser encarado como oportunidade de venda pelo produtor nacional”, destaca a consultoria, em relatório.
Já em caso de valorização do real, seria necessário um patamar de US$ 11,50 o bushel em Chicago para garantir a margem.
Por outro lado, em caso de desvalorização cambial, com a moeda americana na casa dos R$ 5,80, as cotações internacionais próximas a US$ 10 o bushel manteria o nível de margem esperada.