Agro

Estudantes do Ifal criam produtos lácteos com sabores e nutrição diferenciados

Produtos foram expostos em um dos principais congressos do setor agro-leiteiro do Brasil, o Minas Láctea 2024

Por Lara Constant 23/08/2024 18h06
Estudantes do Ifal criam produtos lácteos com sabores e nutrição diferenciados
Os trabalhos, viabilizados através de projetos de extensão do instituto, foram desenvolvidos com a utilização de produtos da agricultura familiar e da cultura alagoana - Foto: Paulo Bugarin/Alagoas Rural

Os derivados lácteos estão entrelaçados com a economia e a culinária do Nordeste, tanto que importância do setor para Alagoas pôde ser expressa recentemente através dos trabalhos desenvolvidos por alunos do Curso Superior de Tecnologia em Laticínios, do Instituto Federal de Alagoas – Campus Satuba. Os jovens pesquisadores elaboraram queijos, iogurtes, manteigas, kefir, petit suisse e até mesmo doce de leite, cujo diferencial está em ingredientes complementares para as receitas, agregando sabor e valor nutricional aos itens conhecidos da mesa do brasileiro. 

Os trabalhos, viabilizados através de projetos de extensão do instituto, foram desenvolvidos com a utilização de produtos da agricultura familiar e da cultura alagoana, como mel, própolis, açúcar de coco e sementes de abóbora. De acordo com a professora Tâmara Lúcia, responsável por orientar os alunos, o principal objetivo dos trabalhos foi corresponder à tendência de inovações industriais em produtos lácteos, unindo a demanda dos consumidores por alimentos mais nutritivos e a valorização de produtos importantes para Alagoas.

“Várias indústrias têm começado a observar mais Alagoas, no aspecto agroindustrial. Então, se a indústria vem buscando inovações, porque não inovar com o que é nosso? (...) A população quer produtos inovadores sim, mas que atenda o que ela pensa que é um alimento que vai dar constituintes para o seu corpo: de onde vem esse alimento, como foi produzido. Então a gente busca atender esses consumidores que estão mais exigentes”, pontuou a professora.


O resultado de meses de pesquisa deu origem a nove trabalhos, apresentados em julho de 2024 no Congresso Nacional de Laticínios, o Minas Láctea 2024. Entre os destaques, o doce de leite adoçado com açúcar de coco, de Wellington Moreira, já está com pedido de registro de patente. Para complementar o café da manhã, a manteiga condimentada com mel alagoano e mostarda, deixou empresários mineiros interessados na receita de Michelly Andrade.

O resultado de meses de pesquisa deu origem a nove trabalhos, apresentados em julho de 2024 no Congresso Nacional de Laticínios, o Minas Láctea 2024. Foto: Paulo Bugarin/Alagoas Rural


O cardápio é grande: Cristiane elaborou um iogurte incrementado com farinha de sementes de abóbora. O kefir de Odara, famoso por ser uma das maiores fontes de probióticos, ganhou poder antioxidante com a adição de açaí em pó. Nayara desenvolveu um Petit suisse para crianças que possui mais valor nutricional, adicionando leite de coco. Por fim, as notas sensoriais da tradicional cachaça de cravo e canela podem ser apreciadas através do trabalho de Lailla, um queijo coalho maturado dois dias na bebida.

Confira a reportagem completa do Alagoas Rural: