Segundo o Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses (IBRAFE), o mercado de feijões está vivenciando um cenário de contrastes. O preço do feijão-preto disparou nos últimos dias, gerando preocupações sobre o impacto nas vendas. A alta foi provocada por uma demanda repentina, com compradores que, após aguardarem até o último momento para adquirir o produto, acabaram pagando valores muito acima dos praticados na semana anterior.

Enquanto isso, o mercado do feijão-carioca apresenta uma estabilidade relativa. Os produtores estão buscando manter os preços em torno de R$ 250 por saca, porém, os comerciantes que compram diretamente dos produtores e revendem para pequenos empacotadores do interior do Brasil têm encontrado dificuldades para fechar negócios. Esses comerciantes, que desempenham um papel crucial na cadeia de distribuição, estão cautelosos, focando em vender os lotes adquiridos na semana passada antes que os preços caiam para a faixa de R$ 240. A situação revela uma incerteza no mercado, onde a resistência dos compradores tem sido um fator determinante para a definição dos preços.

A estabilidade no preço do feijão-carioca contrasta com a volatilidade do Feijão-preto, refletindo as dinâmicas distintas que afetam esses dois mercados. No caso do Feijão-carioca, a demanda ainda não demonstrou força suficiente para pressionar os preços para cima, resultando em uma situação de espera, onde tanto produtores quanto comerciantes analisam cuidadosamente os próximos passos. Já o Feijão-preto, com sua alta repentina, destaca a sensibilidade do mercado às variações na demanda.

Em resumo, o mercado de feijões no Brasil atravessa um momento de incerteza, com o Feijão-preto registrando uma alta expressiva nos preços e o Feijão-carioca mantendo uma estabilidade frágil. A expectativa é que as próximas semanas tragam uma maior clareza sobre o comportamento dos preços e a demanda, permitindo aos agentes do mercado ajustar suas estratégias de acordo com as novas realidades.