A Usina Santa Clotilde, em Rio Largo, realizará um encontro para conscientizar a comunidade sobre queimadas e incêndios criminosos em áreas agrícolas, nesta quarta-feira, dia 04. O evento contará com palestras e debates voltados para esclarecer as diferenças entre a queima controlada, permitida por lei, e os incêndios criminosos, que causam sérios prejuízos à empresa, à sociedade e ao meio ambiente. 

Pedro Sarmento, gerente agrícola da usina, conversou com a reportagem do Alagoas Rural e falou dos desafios enfrentados pela equipe de campo. "Hoje, a gente deixa apropriado um recurso grande para combate a incêndio. Santa Clotilde tem em torno de seis caminhões de bombeiros, 24 horas no campo. Temos seis motoqueiros vigiando o canavial, temos duas viaturas direto no canavial, tudo isso para combate a incêndios criminosos", disse. 

Ele também explicou os prejuízos causados pelos incêndios fora de controle. "A estatística do ano passado foi aproximadamente 100 mil toneladas colhidas através de incêndios dessa natureza. Quando isso acontece, o incêndio atinge cana nova, que não está com idade fisiológica e não acumulou a sacarose que deveria ter acumulado'', contou. 

Pedro revelou ainda que a logística de colheita fica prejudicada porque os incêndios ocorrem fora do planejamento, prejudicando tanto a logística de colheita quanto a própria fábrica. ''Então, quando esses incêndios de grande proporção acontecem, a gente demora a colher, e o tempo de queima da cana prejudica a recuperação da terra na indústria", concluiu. 

Veja abaixo a entrevista completa: