Agro
Produção de etanol de milho deve crescer 25% em 2024
Itaú BBA mapeou 22 projetos de unidades novas ou de expansão das plantas atuais de etanol de milho
O setor de etanol de milho no Brasil está em plena expansão, e o Itaú BBA projeta um crescimento expressivo de 25% na produção para a safra 2024/25. A produção deve atingir a marca de 7,8 bilhões de litros e adicionais 11% em 2025/26, totalizando 8,7 bilhões de litros. Essas estimativas foram divulgadas no relatório “Radar Agro” de setembro, uma análise feita pelo banco mensalmente sobre as tendências do agronegócio brasileiro.
Esse aumento de produção de etanol de milho deve impulsionar o consumo de milho no Brasil, deverá atingir 17,3 milhões de toneladas em 2024. Esse volume representa um crescimento de 29% em comparação ao ano de 2023, e fará com que o etanol de milho represente 21% do consumo doméstico do grão no país. Para o ano de 2025, a expectativa é que o consumo de milho para etanol cresça ainda mais, chegando a 19,4 milhões de toneladas, consolidando o biocombustível como uma parte relevante da cadeia produtiva de milho no Brasil.
Sob a ótica do balanço do milho, para o ano de 2024, o banco estima o consumo interno do cereal em 83,3 MM t, incremento de 5% sobre o ano anterior. Do total, cerca de 67% são utilizados para ração animal, 21% para a produção de etanol e 12% para os demais usos (industrial, sementes, etc.). No ano de 2024, a participação do etanol no consumo de milho deve apresentar um crescimento de praticamente 4 MM t.
Quando é calculado a demanda do cereal por estado, temos o MT como maior consumidor, com cerca de 16 MM t. No caso do estado do Centro-Oeste, a produção de etanol responde pela maior parte da demanda, com participação de 77%.
O MT é seguido pelos três estados da região Sul do Brasil: PR, com 12 MM t, SC, com 6,3 MM t e RS, com 6 MM t. Neste caso, as produções de carne suína e de frango são responsáveis pela maior parte do consumo do cereal.
A região MATOPIBA responde, atualmente, por 3,7 MM t de consumo de milho, sendo a BA responsável por 47% do total, seguida por MA (20%), PI (17%) e TO (15%).
O mercado de DDG também crescerá substancialmente, devendo seguir ampliando seu protagonismo nas exportações, mas com muito potencial ainda no mercado doméstico.