Agro
Alagoas recebe 10º Encontro Nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro
Secretária de Agricultura, Aline Rodrigues, representou governador Paulo Dantas na mesa de abertura do evento, em Piranhas
A secretária de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas, Aline Rodrigues, representou o governador Paulo Dantas durante a abertura do X Encontro Nacional da Articulação do Semiárido Brasileiro, que ocorreu na noite desta segunda-feira (18), no município de Piranhas. O evento segue até a sexta-feira (22) reunindo cerca de 700 participantes e marca as comemorações pelos 25 anos da ASA.
Os Encontros Nacionais da ASA são espaços de debate onde se formulam e propõem políticas e ações para o semiárido, entre elas a política de implantação de cisternas. Em sua fala, a secretária Aline Rodrigues destacou a atuação do Governo de Alagoas e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) com o Programa de Cisternas, construiu 15 mil cisternas no semiárido alagoano, entre 2012 a 2024.
“E esse número vai aumentar. Em outubro, assinamos o contrato para a construção de outras 1.554 cisternas em cinco municípios do semiárido. Ainda temos a previsão de construir mais 2.020 cisternas na região, que serão de 1ª e 2ª água, que vão além do consumo, mas também para a produção agrícola. Esse é um incentivo importante, que permite mais acesso à água para quem mais precisa. Estamos trabalhando na inclusão socioprodutiva, que é um tema cada vez mais recorrente no setor e que é fundamental para a redução da pobreza e da insegurança alimentar”, afirmou a secretária Aline Rodrigues.
O coordenador executivo da Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), Mardônio Alves, lembrou que, além do acesso à água, a ASA também articula políticas de desenvolvimento de sementes com o Programa Sementes do Semiárido, que chegou a mais de mil bancos comunitários de sementes crioulas. Este ano, o Governo Paulo Dantas comprou 170 toneladas de sementes crioulas, entre feijão e milho, um investimento de quase R$ 3 milhões através do programa Planta Alagoas.
“Nós aqui em Alagoas temos uma lei estadual que foi o resultado de uma luta que a gente realizou em 2007. Nosso estado é o único no semiárido brasileiro que realiza a compra de sementes crioulas numa perspectiva de maior quantidade. Ou seja, temos um trabalho já consolidado. O Rio Grande do Norte também tem experiência, mas numa escala menor.
O Governo de Alagoas consolidou essa política e a gente tem comprovado que as sementes crioulas dão uma resposta melhor para o semiárido, porque são sementes adaptadas às estiagens, às poucas chuvas. Isso fortalece os bancos e as casas comunitárias”, explicou Mardônio Alves.
O deputado estadual Inácio Loiola também esteve presente na abertura do evento e ressaltou a importância do Rio São Francisco para o acesso à água nas cidades. “O maior problema do planeta é a falta de água. Quero dizer a vocês que Deus foi muito generoso com o Nordeste Meridional, nos dando um rio de superfície, o Rio São Francisco. Ele é responsável pelo abastecimento de inúmeras cidades, pelo lazer, pela navegação, pela piscicultura, pela pesca. Então, precisamos preservá-lo porque ele deixando de existir, deixa de existir o Nordeste”, declarou o deputado.
EnconASAs
Participam dos EnconASAs delegados eleitos dos 10 estados que formam a ASA: Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão. Desse total, 70% são agricultores que vivem no interior do Nordeste e parte de Minas Gerais. Participam ainda dos encontros, atores sociais e parceiros da rede.
O X EnconASA tem o apoio do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), da Prefeitura Municipal de Piranhas e da Cáritas Francesa. Também estiveram presentes representantes do MDS, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
A Associação do Semiárido Brasileiro (ASA) é uma rede que defende, propaga e põe em prática, inclusive através de políticas públicas, o projeto de convivência com o Semiárido. É conhecida como rede porque é formada por mais de três mil organizações da sociedade civil de distintas naturezas – sindicatos rurais, associações de agricultores e agricultoras, cooperativas, organizações não governamentais etc.