Agro

Construção de cisternas transforma a vida de famílias no semiárido alagoano

Governo do Estado retoma programa e anuncia novas unidades para beneficiar comunidades rurais

Por Vinícius Rocha com AL Rural 27/11/2024 17h05
Construção de cisternas transforma a vida de famílias no semiárido alagoano
Agricultoras do semiárido alagoano têm vida transformada a partir da tecnologia de cisternas - Foto: DAKI Semiárido Vivo


O acesso à água potável continua sendo um desafio para muitas famílias no semiárido alagoano, mas iniciativas como a construção de cisternas têm mudado essa realidade. Retomado pelo Governo do Estado, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, o programa de cisternas tem levado água de qualidade para milhares de famílias que enfrentam a escassez hídrica na região.

Desde o início do programa, mais de 15 mil cisternas foram entregues, e a meta é construir mais 3 mil unidades nos próximos meses. Entre as beneficiadas está Valdinete Teixeira, moradora de Palmeira dos Índios, que comemora a chegada da cisterna como uma verdadeira transformação em sua vida. “A gente não tinha, né? Era só água de barreira, barrenta. Agora, com essa cisterna, recebemos um milagre. Estou muito feliz e grata ao governador e a todos que tornaram isso possível”, afirma Valdinete.

Enquanto algumas famílias já desfrutam do benefício, outras, como a de Rafaela, aguardam ansiosamente pela instalação do equipamento. “Já sei como cuidar da minha cisterna. Vou coletar água da chuva, tratar e usar para tomar banho, cozinhar e tudo mais. Estou esperando a minha em nome de Jesus”, diz Rafaela, demonstrando esperança.

As cisternas funcionam captando e armazenando água da chuva, que pode ser utilizada para consumo humano e também em atividades agrícolas. Ronaldo Targino, representante da Secretaria de Agricultura (Seagri), explica que o programa utiliza dois modelos de cisternas: o de consumo humano e o tipo 2, destinado à produção agrícola e ao cuidado de animais. “Essa tecnologia social tem permitido a convivência do homem com as adversidades do semiárido. É uma solução eficiente para melhorar a qualidade de vida no sertão”, destaca.

Parado por dois anos, o programa de cisternas foi relançado com a assinatura de contratos para a construção de 1.554 unidades. Um novo processo para mais 2.020 cisternas, incluindo 145 destinadas à produção agrícola, também foi iniciado. Segundo Maria Aparecida, presidente da Associação de Agricultores, responsável por parte das construções, as cisternas impactam diretamente na qualidade de vida das comunidades. “Elas trazem outra realidade para crianças, adolescentes e adultos no semiárido, garantindo acesso à água limpa e dignidade”, reforça.