Agro
Produtores alagoanos participam de ‘tratoraço’ contra mudanças no Proagro
As mudanças, que deveriam proteger o setor diante de perdas climáticas, vêm sendo vistas como um desamparo à classe produtora

Cerca de 190 máquinas tomaram as ruas de Adustina, no interior da Bahia, durante o ‘tratoraço’ realizado nesta sexta-feira (11) por produtores da região da SEALBA, fronteira agrícola formada por municípios de Sergipe, Alagoas e Bahia. A região é reconhecida pela forte produção de milho.
A manifestação faz parte do movimento nacional #VamoSalvarOProagro e teve como principal alvo as recentes alterações no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), que, segundo os produtores, encarecem o seguro, reduzem a cobertura e comprometem a continuidade da produção agrícola.
As mudanças, que deveriam proteger o setor diante de perdas climáticas, vêm sendo vistas como um desamparo à classe produtora, gerando apreensão e revolta entre agricultores de diversas regiões do Brasil, que clamam por soluções urgentes e mais sensíveis à realidade do campo.
De acordo com o produtor de milho, Gleiton Medeiros, as novas regras estão tornando a atividade inviável. Na região da SEALBA, são utilizados aproximadamente 300 mil hectares cobertos pelo Proagro tradicional. Com as mudanças, as alíquotas subiram de 8% para até 23%, o que encarece de forma significativa o seguro.
Ele também criticou os critérios técnicos adotados. Com as alterações, a cobertura do seguro passou a considerar o zoneamento agrícola de risco, o que prejudica muitos municípios da região onde o risco é superior a 40%, limitando a apenas 50% do valor assegurado.
