Agro
Projetos do Fomento Rural avançam após pagamento da primeira parcela
Beneficiários investem para otimizar e aumentar produções, gerando mais oportunidades de renda

Mais de 1.800 famílias receberam o pagamento da primeira parcela do Programa Fomento Rural em março, no valor de R$ 2,6 mil. Com este pontapé, os beneficiados puderam dar início ao investimento em seu projeto produtivo, otimizando as produções e gerando mais renda.
Um dos projetos beneficiados foi o de Djalma dos Santos, do município de Branquinha, atendido pela Supervisão Regional da Grande Mata Alagoana. Ele vem sendo atendido pela Emater há três anos e já colhe os frutos da assistência técnica prestada, passando a cultivar a macaxeira e também vendê-la para iniciativas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
Com o valor recebido pelo Programa Fomento Rural, para o seu projeto coletivo que inclui outras seis agricultoras, Djalma adquiriu kits de irrigação para utilizar não só ao plantar macaxeira, como também milho, abacaxi, banana prata e banana da terra.
“Para mim, foi muito bom, porque estávamos precisando de cano para colocar nessa área todinha, que dá quase um hectare ou mais. Nós estávamos sem o recurso, aí chegou na hora certa”, lembra o agricultor.
Em Penedo, no povoado Marcação, a Supervisão Regional do Baixo São Francisco acompanha a Fabriqueta de Beneficiamento da Macaxeira (UFPA). A família de Paulo Henrique de Almeida e Natane Alexandre dos Santos cultiva mandioca e coco para produção de tapioca, pé de moleque, beiju, macasada, farinha, entre outros produtos.
Eles começaram a produção em um pequeno espaço e hoje evoluíram para uma pequena agroindústria. Com o valor recebido, foram comprados equipamentos para ampliar a produção da família.
“A gente começou lá em 2018, em um espaço pequeno, e aí a demanda foi aumentando, a gente foi obrigado a ir para um espaço maior. Veio a introdução das políticas públicas, o PAA, o PNAE [Programa Nacional de Alimentação Escolar], e a coisa foi crescendo. Estamos passando agora para o terceiro espaço, tem ajudado bastante. Com esse recurso, a gente converte para material do novo espaço e, com isso, a gente vai crescendo, gerando renda não só para a minha família, mas, para a região. As pessoas da minha comunidade hoje fazem parte desse sonho com a gente”, expõe Paulo Henrique.
Cada uma das famílias contempladas no Fomento Rural é acompanhada pelos técnicos da Emater nas sete supervisões regionais: Metropolitana, Grande Mata Alagoana, Agreste I, Agreste II, Baixo São Francisco, Alto Sertão e Médio Sertão.
Os projetos são nas áreas agrícolas, não-agrícolas e pecuárias, que podem incluir olericultura, horticultura, avicultura, bovinocultura, ovinocultura, piscicultura, revenda de produtos e até artesanato e salão de beleza.
“O Fomento é uma excelente oportunidade para os agricultores familiares alagoanos. Nossos técnicos estão disponíveis para tirar dúvidas e ajudar em todas as etapas dos projetos produtivos. É um compromisso firmado em mitigar a extrema pobreza e a fome no nosso estado. Seguiremos firmes trabalhando para conseguir mais recursos para esse programa, assim como para outras iniciativas que temos no órgão”, pontua Kil Freitas, diretor-presidente da Emater.
O Fomento Rural
O Programa Fomento Rural é uma iniciativa executada pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural e Sustentável de Alagoas (Emater), e gerida pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri), com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
A iniciativa combina duas ações: a assistência técnica para produção e o acompanhamento social para transferência direta de recursos financeiros não-reembolsáveis às famílias para execução do projeto implantado junto aos técnicos da Emater.
O valor é dividido em duas parcelas, de R$ 2,6 mil e R$ 2 mil. Os valores são transferidos aos beneficiários por meio do cartão do Bolsa Família, e por isso, segue o calendário de pagamento do programa. De acordo com o MDS, a segunda transferência é feita após um intervalo de, pelo menos, três meses, podendo variar a partir do desenvolvimento do projeto.
