Alagoas voltará mais forte, mais solidário e pronto para novos desafios
Alagoas voltará mais forte, mais solidário e pronto para novos desafios
*Rafael Brito
É inegável a crise sem precedentes que o Brasil e o mundo vivencia nesse momento. Segundo estudos da Fundação Getúlio Vargas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro pode recuar 4,4% em 2020. Em Alagoas, é notório os esforços que vinham sendo realizados para promoção do desenvolvimento econômico, com a atração de novas indústrias, novas redes hoteleiras e, principalmente, ampliação da malha aérea.
Mesmo após superarmos o pior cenário, a realidade de distanciamento social, milhares de vidas perdidas e o impacto econômico certamente deixarão, como consequência, mudanças tão significativas que já se fala, mundialmente, em um new normal (novo normal), com limitações que deverão afetar todos os setores da economia.
A única certeza que existe, hoje, é que somente um esforço conjunto de todos os agentes pode evitar proporções ainda piores. É fundamental que todos, simbolicamente, deem as mãos e unifiquem as iniciativas dos setores público e privado de forma estratégica, criando alternativas mais céleres e efetivas, e que apoiem, primordialmente, os trabalhadores e proprietários de micro e pequenos negócios, setores extremamente importantes, responsável por parte significativa na geração de empregos em Alagoas e no Brasil.
Por outro lado, cada trabalhador assistido financeiramente injeta, diretamente, dinheiro para girar na economia dos municípios, circulando no comércio e nos serviços locais. Em torno desta ideia, os governos das 3 esferas têm feito grandes esforços para minimizar o impacto do momento vivido em nosso país.
Em Alagoas, medidas de caráter de emergência vão desde a prorrogação de pagamentos de impostos estaduais, renegociação das tarifas de gás natural e água, concessão de novas linhas de crédito, auxílio ampliado dos bancos públicos até a flexibilização de obrigações tributárias e de débitos fiscais.
Para regular e deliberar estas novas iniciativas foi criado o Comitê de Gerenciamento de Impactos Econômicos, formado por representantes da área econômica do governo – liderado pelas Secretarias de Desenvolvimento Econômico e Turismo, da Fazenda e de Planejamento e Gestão, mais o setor produtivo e bancos.
A ideia é que, em um mesmo ambiente, possam ser discutidas ações para minimizar a queda da atividade econômica e maximizar a retomada da economia quando o mundo conseguir vencer o vírus.
Na minha visão, no cenário pós pandemia, como já aconteceu em outras crises no passado, teremos diversas oportunidades. Acredito na demanda reprimida em todos os setores: no segmento de turismo (quem não vai querer viajar com amigos e com a família para festejar o fim do isolamento social e a vitória sobre a Covid-19?); na indústria e no comércio será natural a retomada do consumo, concomitantemente a volta da confiança das pessoas na manutenção dos empregos e geração de novas oportunidades.
Tempos difíceis, sem dúvidas a maior crise da nossa geração, mas tenho convicção, e você pode acreditar, que a sociedade como um todo e, claro, Alagoas, voltará mais forte, mais solidária e pronta para novos desafios.
*Rafael Brito
É secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Alagoas, já foi presidente da Desenvolve S/A e Alagoas e Secretário do Trabalho e Emprego de Alagoas. Empresário, atuou no setor industrial, comercial e de eventos.
Bacharel em Administração pela Universidade Federal de Alagoas, tem Master of Business Administration (MBA) na área de Economia e Gestão Empresarial pela Fundação Getulio Vargas e MBA de Marketing pelo Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM).