Adoção de tecnologias digitais no agro é acelerada pela pandemia
Pesquisadora contou como e por que em poucos meses o futuro da lavoura de dados avançou sobre a lavoura de produtos
Em live sobre Agricultura Digital realizada, nesta quarta-feira (27), durante o primeiro dia da Feira Agrotecnológica do Tocantins (Agrotins), a chefe geral da Embrapa Informática Agropecuária, Silvia Massruhá, falou sobre a origem do conceito e o papel da pesquisa agropecuária e das políticas públicas na chamada Agricultura 4.0. A pesquisadora contou como e por que em poucos meses o futuro da lavoura de dados avançou sobre a lavoura de produtos.
A especialista em computação explicou que o conceito de Agricultura 4.0 é uma referência à revolução ocorrida na indústria automobilística alemã, com base no conteúdo digital, na tecnologia de ponta e na conectividade, que influenciou outros setores da economia como o agronegócio. Na Embrapa Informática Agropecuária, a atuação para melhoria de produtividade e a redução de custos em todas as etapas de produção se dá a partir de quatro eixos: bioinformática e biologia computacional, modelagem agroambiental e geotecnologia, computação científica e automação e engenharia da informação, indicou.
Segundo a pesquisadora, para além da agricultura de precisão, a agricultura digital estende a ideia de conectar máquinas para o tratamento dos diferentes tipos de dados (colhidos de sensores, colheitadeiras, imagens de satélite e drones) para auxiliar a tomada de decisão de produtores de pequeno médio e grande porte.
Pandemia
A despeito das vantagens da agricultura digital, a sua mais ampla adoção no agro brasileiro enfrenta muitos desafios num país continental, diverso e com desigualdades regionais como o nosso. Mas a situação que aparentemente demoraria décadas para acontecer nesse campo da inovação começou a virar realidade com a chegada do novo coronavírus (covid-19).